Apenas um interessado no centro comercial Dolce Vita Porto
Venda do Dolce Vita Douro, em Vila Real, não atraiu investidores.
A proposta de compra do centro comercial do Porto, um dos quatro centros comerciais que o grupo espanhol Chamartin quer alienar, superou o valor mínimo de licitação de 41,5 milhões de euros, pelo que o processo de venda deverá ser concluído, explicou Jorge Calvete, que se escusou a revelar a identidade do investidor.
Já o Dolce Vita de Vila Real estava à venda por 43,4 milhões de euros, mas não recebeu qualquer proposta de compra, pelo que deverá ser colocado novamente no mercado, uma vez que os credores, que reclamam dívidas no montante de 64,3 milhões de euros já aprovaram em assembleiaa liquidação da sociedade proprietária do centro comercial. Este centro possui uma área de 30 mil metros quadrados, repartido por 131 lojas e um hipermercado.
No Dolce Vita Porto, com uma área de 38 mil metros quadrados, 129 lojas, sete salas de cinema e um hipermercado, o montante de créditos reclamados ascende supera os 111 milhões de euros, que estão longe de ser cobertos pelo encaixe da venda.
Os Dolce Vita Coimbra e o Dolce Vita Monumental, em Lisboa, também serão colocados à venda proximamente, adiantou o administrador de insolvência.Os créditos das duas sociedades proprietárias dos shopping, já declaradas insolventes, ascendem a 77,8 milhões de euros (Coimbra) e a 79,1 milhões de euros (Lisboa). O maior credor dos quatro shoppings é a LSREF3 Octopus Investments, do grupo norte-americano Lone Star.
O universo dos Dolce Vita incluia ainda outro centro comercial, localizado em Braga, e que passou para a posse da Caixa Geral de Depositos, por acumulação de dívidas. A Sonae Sierra, do universo Sonae (proprietária do PÚBLICO) assumiu a gestão e comercialização do shopping que será reaberto na próxima Primavera, ancorado numa ampla loja Ikea.
Os centros comerciais Dolce Vita foram lançados pelo grupo Amorim, que entretanto desinvestiu desta área de negócio em 2006, vendendo-a aos espanhóis.
Notícia corrigida na informação relativa ao Dolce Vita Coimbra, que está à venda. Erradamente foi referido que era o Dolce Vita Tejo, que pertence à Eurofund, que estava à venda.
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