Portugal bateu-se olhos nos olhos com as poderosas Fiji
Apesar da derrota por 19-34 na estreia do World Rugby U20 Trophy, a selecção nacional fez uma grande exibição contra os fijianos
O favoritismo estava todo do lado da selecção das Fiji, a principal favorita a vencer o World Rugby U20 Trophy 2015 e, dessa forma, disputar no próximo ano o World Rugby U20 Championship, a principal divisão mundial do escalão de sub-20 de râguebi. No entanto, nesta terça-feira, no Centro de Alto Rendimento do Rugby do Jamor, a equipa portuguesa surpreendeu e obrigou os poderosos fijianos a aplicarem-se até ao último minuto. Apesar da derrota, por 19-34, números que não reflectem o equilíbrio durante os 80 minutos, Portugal terminou o jogo de estreia na competição com nota muito positiva.
Pela segunda vez a disputar a competição, desta vez na condição de anfitrião, Portugal teve pela frente a selecção que no ano passado foi relegada do World Rugby U20 Championship e que é considerada, de forma quase unânime, como o principal candidato a ocupar um lugar no top-8 do râguebi mundial no próximo ano. Porém, no relvado, o esperado fosso de qualidade entre portugueses e fijianos não existiu.
Fiji começou melhor e aproveitando o claro nervosismo inicial da equipa nacional, que não fez qualquer jogo de preparação para a prova, marcou três ensaios nos primeiros 20 minutos, cavando uma diferença de 16 pontos (19-3) que fazia antever um triunfo tranquilo da selecção do Pacífico. Porém, aos poucos os portugueses foram-se libertando da pressão e com um pontapé de ressalto e uma penalidade de João Leitão, chegaram ao intervalo a perder, por 9-19.
O início do segundo tempo mostrou uma equipa portuguesa autoritária e sem medo de Fiji. Aos 44’, Portugal reduziu para 19-12 e, seis minutos depois, mesmo jogando com menos um jogador, chegou ao ensaio pelo ponta Pedro Silvério, estabelecendo o empate: 19-19.
Uma falha defensiva nacional, todavia, permitiu que Fiji voltasse para a frente (19-24), mas nos últimos 15 minutos o domínio de Portugal foi intenso e os portugueses tiveram num par de situações a centímetros da linha de ensaio, mas a defesa fijiana e alguma precipitação lusa impediram que a formação treinada por João Pedro Varela e Luís Pissarra pontuasse e seria Fiji, na “bola de jogo”, a fazer novamente ensaio depois de um fijiano interceptar um passe, correr todo o campo e fazer o último toque de meta do jogo, que fixou o marcador nuns exagerados 19-34.
No outro encontro do grupo de Portugal, a Geórgia não teve qualquer problema para derrotar o Uruguai. Os georgianos dominaram desde o início e chegaram ao intervalo a ganhar por 31-0. No segundo tempo, com o levantar do pé dos “lelos”, os sul-americanos conseguiram atacar mais, mas a vitória dos europeus (46-12) nunca esteve em causa.
No Grupo B, Canadá e Tonga confirmaram o favoritismo contra a Namíbia e Hong Kong: a selecção da América do Norte bateu os africanos, por 35-20; os tonganeses derrotaram os asiáticos, por 35-16.
Próxima jornada (sábado):
Canadá-Hong Kong (EU Lisboa, às 15h00)
Uruguai-Portugal (CAR Rugby do Jamor, às 15h00)
Tonga-Namíbia (EU Lisboa, às 17h00)
Fiji-Geórgia (CAR Rugby do Jamor, às 17h00)