Agências de viagem perderam mais de 25 milhões de euros com greve na TAP

Presidente da APAVT fala em “clima de conflito instalado” e abalo na confiança dos consumidores.

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Sector do turismo considera que danos provocados pela greve vão ser prolongados PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP

Pedro Costa Ferreira fez esta segunda-feira ao PÚBLICO um balanço das consequências da paralisação, que decorreu entre 1 e 10 de Maio, nas agências de viagem a operar no país, e, segundo o responsável da APAVT, os “efeitos mais nefastos ainda estão para vir”. “O clima de conflito está instalado, está percepcionado pelo mercado, não terminou, e um clima de conflito gera uma absoluta quebra de confiança no mercado”, observou.

O presidente da APAVT lamenta o “enfraquecimento da TAP”, considerando que é “extremamente preocupante” não só para o futuro da transportadora mas “para todo o sector turístico”. “Uma quebra abrupta ou uma alteração muito significativa na TAP podem provocar um tropeção muito grande não só na companhia, mas em todo o sector hoteleiro, agências de viagem, indústria da animação e restauração”, sublinhou.

Pedro Costa Ferreira lamenta que depois do acordo estabelecido há quatro meses entre sindicatos da TAP e o Governo, que foi “percepcionado pelo mercado como o terminar de um ciclo de conflito”, tivesse acontecido uma greve de 10 dias. “O que aconteceu agora foi uma traição muito grande ao mercado, e o mercado não perdoa estas traições. O mercado vai levar algum tempo a retomar”.

Também o presidente do Turismo de Portugal falou em danos prolongados provocados pela paralisação. João Cotrim Figueiredo considerou em declarações à Lusa que os "danos reputacionais vão-se prolongar muito para além do período de greve", acrescentando que "as meras ameaças que possam vir de outros períodos de greve no futuro vão fazer com que não haja segurança suficiente" para os turistas que queiram visitar o país "e continuar a usar a TAP".

O responsável alerta que as "reservas para o Verão e os seguintes são inferiores às de 2014".

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