“Estou sob cuidados médicos hospitalares na minha residência em Las Vegas. Obrigada pelos vossos desejos de melhoras e orações”, diz uma mensagem assinada pela lenda do blues na sua página na rede social Facebook. A referência aos cuidados domiciliários, que usualmente são associados a doentes acamados ou com problemas de saúde que os tornam mais dependentes, não é acompanhada de quaisquer detalhes sobre o estado de saúde do músico de 89 anos.

Sexta-feira, o site TMZ noticiava que B.B. King tinha tido um enfarte mostrando imagens do músico numa cama com eléctrodos no peito. De acordo com o site de mexericos, terá sido internado porque a sua filha Patty King ficou alarmada com alguns sinais que poderiam indicar que o pai estava a ser alvo de abusos ou negligência. Não comia e tinha sinais de desidratação, disse Patty King a um canal de televisão local citado pela CNN, e os médicos ter-lhe-ão dito que o músico terá tido um ataque cardíaco ligeiro.

Os cuidados prestados a B.B. King são tema de disputa entre a família e a sua manager, Laverne Toney, que tem legalmente, através de uma procuração, os poderes de representação do músico. Toney disse à agência de notícias norte-americana Associated Press que é em casa que King quer estar – “Sempre me disse que não quer estar num hsopital. Quer estar em casa”.

Já no início de Abril, o guitarrista tinha sido internado devido a desidratação provocada pela diabetes tipo II de que sofre há mais de 20 anos. A sua filha Claudette explicara na altura aos média as causas daquele internamento, que se seguira a outras indisposições do “rei dos blues” nos últimos meses e que tinham mesmo afectado as suas digressões.

Riley Ben King – mais conhecido como B.B. King, sendo as primeiras iniciais relativas a Blues Boy, parte do seu nome de DJ em Memphis –, natural do estado do Mississippi, é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Parte da listagem dos mais importantes músicos dos EUA e do mundo desde 1987, quando foi integrado no Rock and Roll Hall of Fame, soma mais de 30 nomeações para os Grammy e é autor de canções como Three O'Clock Blues, The Thrill Is Gone ou When Love Comes to Town (com os U2). Trabalhou ao longo da sua carreira com alguns dos mais importantes nomes do rock como Eric Clapton, os Rolling Stones, David Gilmour ou Joe Cocker.