Microsoft abre Windows a aplicações de Android e iOS
Criadores poderão transpôr aplicações feitas para as plataformas rivais.
A empresa vai agora facilitar a transposição de aplicações de Android e de iOS para o próximo Windows. As novas ferramentas permitirão aos criadores reutilizar o código informático, para que possam fazer rapidamente a adaptação e consigam também aproveitar as funcionalidades da plataforma da Microsoft, como a assistente virtual Cortana.
A novidade foi anunciada na conferência Build, dirigida a programadores, que arrancou nesta quarta-feira e na qual foram feitas revelações sobre o Windows 10, que chegará este ano e que será, em diferentes versões, o sistema operativo para computadores, tablets, telemóveis e para a consola Xbox. Um dos objectivos de ter um sistema universal é precisamente o de facilitar o desenvolvimento de aplicações que funcionem em todos estes dispositivos.
A Microsoft vai também disponibilizar uma ferramenta que permite converter uma aplicação tradicional de Windows, bem como uma aplicação na web, numa aplicação do Windows 10, que pode ser distribuída e instalada a partir da loja de aplicações.
O número de aplicações diminuto, por comparação com as lojas concorrentes da Apple e do Google, tem sido um círculo vicioso para a Microsoft. Como há menos aplicações, muitos consumidores afastam-se do sistema. Esta pouca quota de mercado, por seu lado, afasta os criadores, que concentram recursos nas plataformas rivais, que têm muito mais utilizadores.
A empresa admitiu no evento que a estratégia passa por aliciar os programadores, levando-os a interessarem-se pela plataforma e acabarem por criar aplicações de raiz.
A Microsoft mostrou também uma funcionalidade, chamada Continuum, que permite às aplicações num telemóvel mudarem de interface quando o aparelho é ligado a um ecrã de grandes dimensões e a um rato e teclado, passando a ter funcionalidades e um aspecto semelhantes aos das aplicações para computador.
Na conferência, foi ainda revelado o nome do sucessor do browser Internet Explorer, que continuará a existir, embora de forma limitada, apenas para empresas que precisem dele. Até aqui conhecido pelo nome de código Projecto Spartan, o novo browser chamar-se-á Edge.