Salvador Caetano espera facturar 20 milhões por ano com nova fábrica de material aeronáutico

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Imagem de um protesto à porta da Salvador Caetano, em 2013 Nelson Garrido

A Airbus Defence & Space (divisão militar da produtora europeia de aviões) apresentou na terça-feira passada o seu balanço da sua cooperação com empresas portuguesas.  O director comercial, Antonio Rodríguez Barberán, passou por Lisboa para destacar a colaboração com entidades nacionais, com particular destaque para a Salvador Caetano Aeronáutica e a OGMA, que resultaram numa facturação de 350 milhões de euros desde 2006. Tendo em conta as encomendas feitas à Airbus, aquele responsável admitia a possibilidade de se atingir o objectivo de chegar aos 600 milhões de euros até 2018, com uma aposta muito forte na Salvador Caetano.

"A Salvador Caetano está a converter uma empresa que fabricava automóveis para a produção aeronáutica. Sendo um fornecedor de peças de aviões como o A350 e o A400M, tem acesso, durante os próximos 30 anos, aos mercados mais prósperos da aviação civil e militar", destacou Antonio Rodríguez Barberán. Uma parceria que a empresa portuguesa tenciona assinalar com uma cerimónia oficial de inauguração no próximo dia 17 de Junho.

 Apesar de essa ligação só ter dado os primeiros passos em 2012, e a produção em 2014, o departamento aeronáutico desta empresa emprega já a maior parte dos 200 (cerca de 120) postos de trabalho que a Airbus estima estarem suportados pelos seus contratos com entidades portuguesas. A estimativa de crescimento da Airbus aponta para a subida até aos 300 postos de trabalho directos até 2017

A Salvador Caetano Aeronáutica começou a fornecer em 2014 componentes metálicos e em fibra de carbono para dois modelos da Airbus: o avião de transporte militar A400M e o civil A350.

Esta parceria resulta do contrato de contrapartidas que foi celebrado entre a Airbus e o Estado português pela aquisição de 12 aviões de transporte C-295 para substituir a frota de Aviocar.

Mas a colaboração estende-se ainda às OGMA onde, além de se produzir parte da fuselagem dos C-295, é feita manutenção de aviões da marca. A ETI e GMV fornecem também software de apoio e incorporado nos aviões Airbus.

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