Quatro portugueses "estão bem" apesar do sismo no Nepal
Numa mensagem escrita, Luís Almeida, que está a participar numa expedição organizada pela Espaços Naturais às montanhas dos Himalaias, garantiu que os portugueses “estão todos bem”.
“Estamos bem. É o meu quarto ano consecutivo nos Himalaias. Esta expedição já era assumidamente de grande aventura, pois a zona é pouco conhecida e muito remota, e encontrámos condições climatéricas adversas”, adiantou.
Luís Almeida explicou na mensagem via telemóvel que, devido ao sismo, “o trilho era inexistente ou estava cortado por avalanches ou deslizamentos de terra e rochas, tornando o trajecto mais difícil”.
“Tivemos de montar o campo base a cerca de 4400 metros, não era possível ir mais além. Fizemos um cume de apenas 5480 metros em quatro horas”, disse ainda.
Uma fonte da família de Luís Almeida disse que os quatro portugueses que estão nos Himalaias há uma semana "estão bem", mas "com muitas dificuldades de comunicação”.
A mesma fonte disse que os portugueses, residentes em Coimbra e no Porto, ainda não pediram ajuda e estão a tentar chegar a uma aldeia nesta segunda-feira.
No sábado, o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse que os sete portugueses referenciados como estando no Nepal, na altura do sismo, "estão todos bem" e não há notícia de qualquer ferimento.
O número de mortos na sequência do forte sismo de magnitude de 7,9 na escala de Richter de sábado ascende a 3000, de acordo com fontes oficiais do Nepal e de países vizinhos.
O sismo, de magnitude 7,9 na escala de Richter, foi registado no sábado e teve o epicentro a cerca de 80 quilómetros de Katmandu. O abalo foi sentido noutros países, como Índia, Bangladesh e China, e provocou avalanchas nos Himalaias.
A comunidade internacional mobilizou equipas de resgate e ajuda humanitária para o Nepal.
Membros do exército da Índia, país onde o sismo provocou pelo menos 51 mortos, foram mobilizados para a capital nepalesa de Katmandu, para ajudar nas operações de resgate. As autoridades indianas também mobilizaram vários helicópteros para sobrevoar a zona afectada.
São estes helicópteros que estão a ajudar nas operações de resgate dos montanhistas retidos na região do monte Everest, nos Himalaias, devido às avalanchas que ocorreram após o terramoto. O último balanço dava conta de 18 mortos e 51 feridos nesta região.
A União Europeia também informou que equipas europeias de assistência e de resgate já estão no terreno a trabalhar.