Após uma meia-final na véspera também muito intensa, com 3-2 ao Igualada ganha através do sistema de ‘golo de ouro’, o Sporting voltou a conseguir os seus objectivos para lá do tempo normal de jogo, reconquistando num terreno considerado difícil um título internacional que lhe escapava desde 1984, ano da sua única conquista da Taça CERS.

Tiago Losna adiantou os ‘leões’, aos quatro minutos, com um remate de longe em que Molina foi muito mal batido, após o que, já no segundo tempo, o Réus virou a final, com golos de Marc Coy, aos 37’, e Xavi Costa, aos 41’.

João Pinto foi determinante com o golo aos 46 minutos, obrigando o jogo a ir para prolongamento, fase da partida em que as equipas arriscaram menos.

O Réus, que na véspera batera sem contestação o Óquei de Barcelos por 6-1, na outra meia-final, teve algum ascendente na final e pode ‘queixar-se’ de um livre desperdiçado pelo antigo benfiquista Marc Coy.

Mas o Sporting teve muito mérito na forma como defendeu, nomeadamente com a grande exibição do seu guarda-redes, Ângelo Girão, e também na forma como procurou o empate, perto do final do tempo regulamentar.

Com o triunfo sportinguista, Portugal passa a ter dez triunfos na Taça CERS, somando os mesmos títulos de Itália. A última vitória tinha sido do Benfica, em 2010-11, na final com o Vilanova (6-4), também em Espanha, naquele que foi o segundo título “encarnado”, depois do triunfo alcançado frente ao Réus (1990-91).

O GD Sesimbra conquistou o troféu na primeira edição da Taça CERS disputada em 1980-81, tendo ainda FC Porto, em 1993-94 e 1995-96, Oliveirense, 1996-97, e Paço D’Arcos, 1999-2000, também inscrito o seu nome na lista dos vencedores da prova.

Apenas três países, Espanha (15 títulos), Itália (10) e Portugal (10), venceram a Taça CERS, o que traduz bem a hegemonia dos clubes latinos nas competições europeias de hóquei em patins.