Um terço dos portugueses nunca usou a internet
Ainda segundo a responsável, este número - mais de 30% da população portuguesa - está muito acima da média europeia, situada nos 18%.
Ana Cristina Neves apresentou estes dados durante uma intervenção na sessão plenária “Media Literacia no mundo digital”, inserida no segundo e último dia do 3º Congresso Literacia Media e Cidadania, que encerra às 18:00 no Pavilhão do Conhecimento, segundo um comunicado da organização.
O congresso tem como objectivo debater a educação para os media e a conduta das populações na era digital.
A responsável da FCT sublinhou a importância de caracterizar a população portuguesa no que diz respeito à utilização dos media e das tecnologias de comunicação e de acesso à informação porque o "ecossistema de informação em que vivemos hoje é completamente novo, e a forma de comunicação é também diferente".
"Isso influencia a sociedade e a economia", disse ainda a responsável, defendendo a necessidade de adaptar comportamentos face à informação disponível online.
Britanny Smith, responsável pela Central Team for Digital Literacy da Google, numa intervenção sobre o mesmo tema, alertou para a necessidade das pessoas, "enquanto utilizadores das plataformas digitais, estarem conscientes de que assim que carregam no botão enviar, aquilo que publicam nunca mais será apagado, e será distribuído por toda a internet".
Relativamente ao controlo de conteúdos disponíveis em plataformas da Google, Britanny Smith disse que é muito difícil controlar toda a informação online, embora a empresa disponibilize ferramentas para ligar o modo de segurança associado à visualização e pesquisa de conteúdos.
O 3.º Congresso Literacia, Média e Cidadania é organizado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) em colaboração com a Comissão Nacional da UNESCO (CNU), o Conselho Nacional de Educação (CNE), a Direcção-Geral da Educação, a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Também fazem parte da organização, o Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS), a Rádio e Televisão de Portugal, a Rede de Bibliotecas Escolares e a Universidade do Minho (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade).