Centros de investigação homenageiam Mariano Gago

Cinco minutos de paragem das actividades ao meio-dia, na segunda-feira.

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Mariano Gago com António Guterres numa visita ao Ipatimup, no Porto, em 1998 Paulo Pimenta

Esta homenagem partiu de um grupo de investigadores como forma de reconhecimento público pela contribuição do antigo ministro da Ciência dos governos socialistas de António Guterres, entre 1995 e 2002, e de José Sócrates, entre 2005 e 2011. “Alguns de nós não gostaríamos de deixar de assinalar a sua passagem e o seu contributo para a ciência portuguesa”, referem em comunicado os autores da iniciativa, nos quais se incluem, entre outros, Alexandre Quintanilha, Carmo Fonseca, Manuel Heitor, Manuel Sobrinho Simões, Maria de Sousa, João Relvas, Maria Mota, Mário Barbosa e Teresa Paiva.

Mariano Gago era físico de partículas, que trabalhou, após o doutoramento em Paris, em 1976, no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), em Genebra, Suíça. Foi à frente da então Junta Nacional de Investigação Científica (JNICT), antecessora da actual Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que entre 1987 e 1989 se revelou um gestor de ciência e pôs a investigação científica na agenda política. Após a saída da JNICT, escreveu o livro Manifesto para a Ciência em Portugal, considerado um programa de governo para a investigação científica. Quando deixou de ser ministro, em 2011, regressou ao Instituto Superior Técnico de Lisboa, onde era professor catedrático, e ao Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), que presidiu até agora.

“O professor Mariano Gago impulsionou e marcou profundamente a ciência em Portugal nas últimas décadas, contribuindo decisivamente, enquanto presidente da [antecessora da] FCT e ministro da Ciência, para o desenvolvimento do sistema científico nacional em muitas das suas vertentes”, referem ainda os autores da homenagem de segunda-feira.

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