Plataforma permite que pais passem a avaliar ementas das escolas

Medida foi anunciada pela Direcção-Geral da Saúde. Ferramenta já existia, mas apenas para os directores das escolas e responsáveis pelas cantinas.

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As próprias cantinas são também vistas pelos alunos como espaços sem cor Adriano Miranda

A plataforma está integrada no Sistema de Planeamento e Avaliação das Refeições escolares, que existe desde 2009 e que já permitia que os directores dos estabelecimentos e responsáveis pelas cantinas fizessem essa avaliação. Os pais vão poder aceder à ferramenta depois de registados e com uma password. Questionado sobre se os resultados dos pais vão ser disponibilizados às escolas, Pedro Graça admitiu que isso seria útil, mas que o passo não está previsto nesta fase.

Ainda assim, o responsável acredita que os pais, ao verem as mais de cem perguntas, vão tomar mais consciência das exigências que hoje devem existir “desde o momento em que a comida entra na escola até ao momento em que é servida” e vão poder confrontar os estabelecimentos. “A ideia é que os pais possam saber se o que é servido nas escolas está de acordo com o preconizado pelas organizações internacionais e nacionais”, acrescentou Pedro Graça.

O responsável explicou que perante alguns sinais de alerta nos inquéritos o Ministério da Educação poderá sempre tomar algum tipo de atitude. Já à Direcção-Geral da Saúde caberá uma eventual intervenção em casos de maior risco, como intoxicações alimentares. O especialista acredita que as próprias empresas de catering, ao saberem destas avaliações vão melhorar a qualidade do que é servido. Como exemplos de evoluções nas exigências da tutela, adiantou que no próximo ano lectivo, à partida, todas as cantinas vão ter já sal iodado, que é enriquecido para prevenir doenças relacionadas com carência de iodo.

Ainda no âmbito do Dia Mundial da Saúde, este ano com o mote Alimentos seguros melhor saúde, Pedro Graça admitiu que vamos continuar a lidar em Portugal com problemas como a chamada doença das vacas loucas ou as toxinas nos frangos, mas garantiu que os alimentos são seguros. “Dada a globalização e livre troca de alimentos no mundo inteiro podemos receber alimentos de qualquer parte. Há uma monitorização constante mas nada nos garante que não possam acontecer problemas, porque os alimentos viajam muito e o risco zero infelizmente é impossível”, acrescentou, aconselhando por isso a aposta nas “compras em proximidade”.

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