Realizada de quatro em quatro anos, a Taça do Mundo de Touch Rugby vai já na sua oitava edição e a cerimónia de abertura será a 29 de Abril, seguindo-se cinco dias de intensa competição em Coffs Harbour, cidade costeira no norte de Nova Gales do Sul. Disputam-se variantes masculinas, femininas e mista, com equipas em vários escalões etários. Estão confirmadas as presenças de 25 nações dos quatro cantos do globo, desde os países “tradicionais” (do Top 10 do ranking da IRB apenas falta a Argentina), até participantes menos “convencionais” nas variantes da bola oval, como o Niue (país insular associado à Nova Zelândia, conhecido como "Rocha da Polinésia") ou os Emiratos Árabes Unidos…
No entanto, ainda não foi desta que Portugal marcou presença. Embora se realizem há quase três décadas Taças do Mundo, o touch em Portugal continua a fazer o seu caminho lento, mas seguro no nosso país. No seguimento de um artigo que escrevi neste mesmo espaço no ano passado, penso que poderemos considerar 2015 como o ano de afirmação do Touch Rugby em Portugal.
Em Lisboa decorre já uma Liga de Touch Rugby, com a participação de alguns dos históricos (Direito, Belenenses, Benfica, Cascais e Técnico, que entretanto absorveu um dos núcleos autónomos existentes). Mas, este ano, a grande festa do Touch em Portugal deverá ocorrer no dia 27 de Junho em Arcos de Valdevez.
O CRAV comemora o seu 34.º aniversário e como prenda inaugurará as obras de beneficiação do seu campo, que contará com bancada, balneário e bar. Para celebrar tão importante ocasião, o CRAV organizará um Torneio Internacional de Touch Rugby e, embora as inscrições estejam ainda decorrer, estão já confirmadas mais de 10 equipas.
O torneio vai seguir o espirito do “Arcos Sevens” e para quem ainda se lembra da edição de 2007, haverá jogos todo o dia e a final terá lugar à meia-noite. Este deverá ser o culminar de um ano importante de afirmação do Touch Rugby em Portugal.
Depois desta fase de afirmação e início dos primeiros passos de uma competição organizada, será necessário passar à próxima fase: dotar o Touch Rugby de uma estrutura organizada, preferencialmente debaixo do “guarda-chuva” da FPR, para proporcionar aos jogadores um seguro desportivo, organizar competições, haver formações de árbitros e de treinadores.
Se isso acontecer, quem sabe daqui a dois anos teremos uma selecção portuguesa a participar no próximo Campeonato Europeu.