Espanha estreia-se na emissão de dívida pública com taxas de juros negativas
Emissões a seis e a 12 meses registaram forte procura.
Na prática, os investidores que subscreveram títulos de dívida espanhola aceitam receber menos dinheiro do que aquele que emprestaram ao Estado espanhol.
As duas emissões registaram forte procura, que no prazo de seis meses superou cinco vezes a oferta e na de 12 meses superou em 1,9 vezes o montante definido.
No leilão a seis meses, o Tesouro colocou 725 milhões de euros, a uma taxa de juro marginal média negativa em 0,002%, e a procura superou em cinco vezes a oferta. A última emissão comparável, realizada em Março, foi colocada a uma taxa de 0,036%.
A 12 meses, foram colocados 3921 milhões de euros, com uma taxa média muito próxima do zero, ao fixar-se em 0,006%. A procura superou 1,9 vezes a oferta. A última emissão a 12 meses foi realizada a 0,067%.
Até agora, já se financiavam a taxas negativas a Alemanha, a Bélgica, a Dinamarca, a Finlândia, a França e a Holanda.
A Alemanha é a que se financia a taxas negativas em mais longo prazo, que já chegou a emissões com o prazo de sete anos.