Ainda não completamente recuperada dos estragos produzidos no ano passado, em Janeiro, por uma forte maré que atingiu e praticamente destruiu a sua estrutura na praia do Ourigo, o Shis, agora X-Bar, foi praticamente destruído por um fogo que terá começado numa zona onde estava instalada uma cozinha, inactiva, e na qual seriam também armazenadas mesas e cadeiras, segundo o vereador da protecção civil da Câmara do Porto.

O Batalhão de Sapadores Bombeiros (BSB) recebeu o alerta para o incêndio pelas 17h40 e 25 minutos depois o fogo era dado como “controlado”, disse ao PÚBLICO fonte da corporação. Mas os sete minutos que os bombeiros demoraram a chegar ao local foram suficientes para que nada se conseguisse salvar da cobertura do espaço. Os materiais inflamáveis e o vento forte, admitiu o vereador Manuel Sampaio Pimentel, terão ajudado ao desfecho. Já as causas, essas eram ainda desconhecidas e vão ser apuradas pela PSP e pela Polícia Judiciária.

Uma comerciante da zona disse ao PÚBLICO que se viram “muitas chamas” a sair do local do antigo restaurante, que reabriu com o nome de X Bar, depois de ter sido destruído pela onda gigante que varreu a frente marítima portuense no ano passado. Esta sexta-feira, a polícia montou um perímetro de segurança bastante alargado, fazendo lembrar, de alguma forma, as medidas tomadas em Janeiro de 2014 para limitar a circulação no local. Dezenas de transeuntes paravam no local, comentando.

Pelas 18h30 já não havia chamas, mas o fumo ainda era intenso, mantendo em alerta os 15 homens do BSB, auxiliados por cinco viaturas, que foram chamados para combater o incêndio. Toda a área atingida, voltada para o molhe, ficou inutilizada mas, aparentemente, a parte edificada já depois do desastre do ano passado, voltada para norte, não foi muito afectada pelo fogo. Resta saber se a água utilizada pelos sapadores não terá feito aí estragos.

Às 19h os bombeiros ainda se encontravam no local, a circulação na rua estava condicionada por vários agentes e viaturas e as autoridades aguardavam pela evolução dos acontecimentos, incluindo o vereador da Protecção Civil, o chefe de gabinete de Rui Moreira, Azeredo Lopes, e o Capitão do porto do Douro e Leixões.