Um segredo brasileiro a chegar a Portugal

Castello Branco, revelação recente da música brasileira, estará esta sexta-feira, 8 de Maio, em Espinho e nos dias seguintes fará matinés em Coimbra e Lisboa.

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Castello Branco: entre os bons nomes que a música brasileira nos tem revelado Filipe Marques

Ele chamava-se (chama-se) Castello Branco e o retrato pintado na capa, como se deseja, diz-nos algo sobre a música: a voz do cantautor brasileiro tem doçura na intimidade, um certo recolhimento e serenidade (ter crescido num mosteiro até aos 15 anos ajudará certamente), mas o som abre-a à vasta MPB de violão bem dedilhado e ritmo tropical delicado, mostrando igualmente, como bem ensinaram os tropicalistas, que ouvido bom é o ouvido aberto ao mundo – e ele também sabe sintonizar a pop clássica, guiada a piano ou guitarra eléctrica, vinda de paragens anglo-saxónicas.

Castello Branco, nome entre os bons nomes que a música brasileira nos tem revelado recentemente (podemos colocá-lo ao lado de Marcelo Camelo, Rodrigo Amarante, Wado ou Cícero), irá estrear-se em Portugal no próximo mês de Maio. Dia 8, estará no Auditório de Espinho (21h30, 7€), a 9 descerá até ao Aqui Base Tango, em Coimbra (17h, 5€), e dia 10 estará na Casa Independente, em Lisboa (18h, 5€).

Membro dos cariocas R. Sigma, lançou-se a solo em 2013 e o nome foi sendo primeiro sussurrado do lado de lá do Atlântico, foi depois sendo descoberto cá à medida que se espalhavam os rumores do bom que dali vinha. Um álbum para descarregamento gratuito depois, esse Serviço que inclui títulos como Crer-Sendo, Kdq ou As minhas mães, passámos a soletrar em tom entusiasmado – o sussurro tornou-se muito pequeno para a generosidade da música. Quando prepara já o segundo álbum de originais, ei-lo agora que chega. Castello Branco. Será tempo de acolhê-lo bem.



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