Hans é um veado, Heidi é um esquilo: são dois nomes e dois animais tipicamente austríacos e podem vir a ser as mascotes dos Jogos Olímpicos Especiais de Inverno de 2017, com assinatura portuguesa. Isto porque estão entre os finalistas do concurso que a competição olímpica, a acontecer na Áustria, promove até 12 de Março.
Fernanda Reis, Tiago Lourenço e Georg Kettele desenvolveram o par de mascotes em conjunto, “que apelam ao sentido dos jogos — a inclusão”. Hans tem uma das hastes mais curta e Heidi é cega: “nem por isso deixam de ser atletas de alta competição, prontos para todos os desafios”, sublinha Fernanda, de 35 anos, a viver e trabalhar na Áustria há dois.
As ilustrações e o 3D “foram pensados com uma linguagem gráfica moderna”. O 3D mostra que também “é fácil de converter em bonecos de pelúcia ou plástico, como foi pedido pelo comité dos jogos”. Hans e Heidi foram escolhidos entre as propostas de mais de 50 ilustradores e integram, agora, os sete finalistas para os Jogos Olímpicos Especiais de Inverno de 2017.
A votação online termina a 12 de Março e o valor do prémio é de 3.500 euros, ao qual acresce depois “todo o trabalho de implementação da mascote, que é também remunerado”.
Tiago Loureço tem 34 anos e trabalha como ilustrador. Fernanda e Georg Kettele, de 32 anos, têm um estúdio em Viena onde desenvolvem projectos na área de arquitectura e design gráfico e de interiores.
Os Jogos Olímpicos Especiais realizam-se desde 1968 e focam-se em pessoas portadoras de deficiências intelectuais, com 8 anos de idade ou mais, que competem em 30 modalidades. Diferem dos Jogos Paralímpicos por não responderem ao Comité Paralímpico Internacional mas sim a uma organização chamada “Special Olympics”.