O policiamento gratificado da "movida" da Baixa do Porto começa este sábado à uma da manhã, com oito elementos da PSP a "fazer prevenção" e com a intenção de "diminuir o vandalismo", revelou à Lusa António Fonseca, presidente da União de Freguesias do centro histórico.
Este é o primeiro fim-de-semana de aplicação deste modelo de policiamento nocturno e será aplicado nas ruas Cândido dos Reis, José Falcão, Galeria de Paris, Conde de Vizela e praça Filipa de Lencastre, acrescentou António Fonseca, admitindo a possibilidade de vir a alargar o serviço a outras artérias.
Nesta área, situada perto da Torre dos Clérigos, concentra-se, desde há alguns anos, o grande movimento de animação nocturna da cidade, com vários bares e discotecas, dos quais, por agora, 25 aderiram ao projecto, orçado em 3.500 euros mensais.
Cada estabelecimento vai pagar 140 euros à União de Freguesias de Santo Ildefonso, Cedofeita, São Nicolau, Sé, Vitória e Miragaia (Centro Histórico), que reúne a verba total (3.500 euros) e fica responsável por pagar à PSP, explicou António Fonseca. O objectivo do policiamento na zona dos bares da Baixa do Porto é "fazer prevenção" e "diminuir o vandalismo", asseverou António Fonseca, acreditando que, no futuro, haja mais estabelecimentos a aderir ao projecto do policiamento gratificado.
A Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT) considerou a 20 de Fevereiro "infeliz" e "promíscuo" o modelo de policiamento, por ser liderado por António Fonseca, simultaneamente presidente da União de Freguesias e da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto. Em declarações à Lusa, Fonseca rejeitou as acusações, explicando que decidiu ser a União de Freguesias a liderar o processo de policiamento, porque desta forma ele se "torna mais abrangente", "mais institucional" e "protege mais gente e associações".