Sindicato adia greve no Metro de Lisboa

Paralisação prevista para sexta-feira passa para os dias 16 e 18 de Março. Metro diz que a informação de que dispõe é de que a greve não foi desconvocada.

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Carruagens circulavam sem passageiros no momento do acidente Joana Freitas/Arquivo

A decisão foi anunciada depois da greve parcial de terça-feira, que levou ao encerramento das estações do Metropolitano desde as 6h30 às 10h. Segundo a Fectrans, houve uma “forte adesão” ao protesto.

A greve foi convocada devido “às péssimas condições de trabalho que estão a ser impostas aos trabalhadores, sobretudo na área operacional”, explicou, na altura, Anabela Carvalheira, da Fectrans. “A falta de diálogo que tem havido, quer com a empresa quer com o Governo, para resolver os problemas concretos de trabalho da maior parte das categorias profissionais, a redução cada vez mais acentuada do número de trabalhadores, o pior serviço público que estamos a prestar à população, quer por razões economicistas quer por esta redução de trabalhadores, e a defesa da empresa enquanto empresa pública”, sintetizou ainda a sindicalista.

Uma nota divulgada ao final da tarde de quarta-feira no site da estrutura sindicalista indica que foi decidido o “adiamento da greve de dia 27 de Fevereiro, para os dias 16 e 18 de Março, esperando que a reunião de dia 6 de Março, com os representantes da empresa seja produtiva e evite futuros conflitos”. As próximas paralisações irão decorrer nos mesmos moldes da prevista para sexta-feira.

A decisão foi tomada após uma reunião dos sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e da Comissão de trabalhadores da empresa, na qual “analisaram o quadro social existente”.

Anabela Carvalheira indicou à Lusa que a greve só se realizará se o Metropolitano não se reunir com os trabalhadores no encontro marcado para 6 de Março. "Analisámos a greve anterior e resolvemos dar um sinal de boa-fé devido à realização de uma reunião com a empresa marcada para dia 6 de Março, com vontade de resolver as questões", explicou a sindicalista.

Durante a tarde desta quinta-feira, o Metropolitano informava que a informação de que dispunha era de que "a greve não foi desconvocada" e que estão "assegurados os serviços mínimos" para amanhã, sexta-feira. "Se os trabalhadores comparecerem no serviço, será um dia de funcionamento normal no Metro", acrescenta uma curta nota enviada ao PÚBLICO.

 

Nesse sentido, o Metropolitano de Lisboa mantém no seu site o aviso de que foram decretados serviços mínimos das 7h00 às 9h30, de sexta-feira, e que haverá um reforço das carreiras da Carris 726, 736, 744 e 746 coincidentes com os eixos servidos pelo Metro.

Notícia actualizada às 15h50: Acrescenta declaração do Metropolitano de Lisboa.

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