O capitão Cristiano Ronaldo votou no menos votado

Os pormenores das votações.

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Olivier Morin/AFP

A terceira Bola de Ouro da carreira de Cristiano Ronaldo foi conquistada de forma clara: recolheu 37,66% dos votos (no ano passado venceu com 27,99%). Dos 182 capitães de equipa que votaram, 99 colocaram o português em primeiro lugar. Houve 32 que não atribuíram qualquer ponto ao futebolista madeirense, para além do próprio, que não podia fazê-lo. Em muitos casos o critério do voto foi a nacionalidade, com a escolha de um compatriota, ou um companheiro de equipa. Lionel Messi, Bastian Schweinsteiger, Robin van Persie, Claudio Bravo, Diego Godín e Vincent Kompany não deram pontos a Cristiano Ronaldo.

Entre os seleccionadores, Cristiano Ronaldo foi a primeira escolha em praticamente 50% dos casos (89 em 181). Fernando Santos colocou-o no topo, seguido por Manuel Neuer e Arjen Robben. Não foi o único treinador português a dar a pontuação máxima a Cristiano Ronaldo, já que Carlos Queiroz (Irão), Mariano Barreto (Etiópia) e Rui Águas (Cabo Verde) também o fizeram. Já Jorge Costa, seleccionador do Gabão, considerou que Lionel Messi foi o melhor do ano 2014. O ex-defesa do FC Porto colocou Cristiano Ronaldo em segundo lugar e James Rodríguez em terceiro. E houve 47 técnicos que escolheram não dar qualquer ponto ao internacional português.

Também houve aqueles que votaram completamente ao lado. Por exemplo o capitão de Montserrat, Anthony Griffith, que elegeu Diego Costa, Eden Hazard e Neymar – respectivamente, 11.º, 21.º e sétimo mais votados. Ou Francis Lastic, seleccionador de St. Lucia, que escolheu Mario Götze (15.º), Diego Costa e James Rodríguez (oitavo). Javier Mascherano, Philipp Lahm e Manuel Neuer foram (por esta ordem) os votos de Roy Hodgson, seleccionador da Inglaterra desde 2012.

Nos votos da imprensa especializada, Cristiano Ronaldo esmagou a concorrência. O português foi eleito em primeiro lugar por 115 dos 181 representantes da comunicação social, entre os quais se incluía o português Joaquim Rita. Só 24 dos jornalistas com direito a voto não deram qualquer ponto ao futebolista do Real Madrid, com destaque para o editor da revista alemã Kicker, Karlheinz Wild, que escolheu três compatriotas: Manuel Neuer, Thomas Müller e Philipp Lahm. Um voto que colocou a Alemanha no mesmo lote do Djibuti, Nepal, Nova Caledónia ou Taiti, por exemplo, outros países cujos elementos da comunicação social não consideraram Cristiano Ronaldo o melhor futebolista do mundo do ano.

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