Mario Draghi admitiu na entrevista que o risco de não cumprir o mandato da estabilidade de preços do BCE “é maior do que há seis meses", e assumiu que estão em preparação alterações às acções do banco central, “para ajustar o tamanho, velocidade e teor das nossas medidas no início de 2015 caso se torne necessário reagir a um período muito longo de baixa inflação".

A possibilidade de medidas reforçadas do BCE para travar o risco de deflação, ajudou a animar as bolsas do sul da Europa, os que mais podem beneficiar de um reforço de medidas do banco central. As bolsas de Madrid (0,39%), de Lisboa (0,55%), de Milão (0,65%) e de Atenas (0,78%) seguem positivas.

Mas a tendência é negativa nos mercados accionistas de Londres (-0,15%), de Paris (-0,51%) e de Frankfurt (-0,76%). Estas iniciaram as sessões positivas, mas inverteram para terreno negativo devido, em parte, aos dados do índice PMI industrial, que avalia as novas encomendas na indústria, e que terminou em 2014 em 50,06%, ligeiramente abaixo da estimativa de 50,08%.

Os resultados do índice revelam a fraqueza das economias da zona euro, e da economia alemã, considerada o motor da economia europeia.