O campeão europeu também domina a nível mundial

Golos de Sergio Ramos e Gareth Bale resolveram final a favor do Real Madrid. Foi a sétima vez nas oito últimas edições que o Mundial de Clubes foi conquistado por uma equipa da Europa. Pepe, Coentrão e Ronaldo ajudaram a vencer o San Lorenzo.

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AFP

Com três portugueses em campo, dois de início (Pepe e Cristiano Ronaldo) e um como suplente utilizado (Fábio Coentrão), o campeão europeu não precisou de fazer um jogo brilhante para ser mais forte. Sergio Ramos (37’) e Gareth Bale (51’) fizeram os golos que deram o segundo troféu da temporada à equipa espanhola, que também conquistou a Supertaça Europeia. Antes, no ano que está quase a terminar, o Real Madrid também ganhou a Liga dos Campeões e a Taça do Rei.

Se se quiser ser muito pormenorizado, esta é apenas a primeira vez que o clube merengue arrecada o Mundial de Clubes. No entanto, o currículo do Real Madrid regista ainda a conquista de três Taças Intercontinentais (1960, 1998 e 2002). E no palmarés conjunto das duas competições, igualou o recorde de triunfos do AC Milan. Ambos têm quatro títulos (três na Intercontinental, um no Mundial). Inter de Milão, São Paulo, Boca Juniors, Peñarol, Nacional de Montevideu e Bayern Munique somam três. Os campeões das duas versões resumem-se a seis equipas, com Bayern, Manchester United, Inter de Milão e São Paulo a juntaram-se aos dois recordistas.

“Foi um ano inesquecível”, afirmou Carlo Ancelotti. “Fizemos um trabalho fantástico neste ano e estamos satisfeitos por terminá-lo desta forma. Agora vamos trabalhar para que 2015 seja ainda melhor do que 2014”. O treinador italiano é um autêntico coleccionador de títulos, tal como foi no seu tempo de futebolista. Tornou-se o terceiro técnico, depois de Carlos Bianchi e Pep Guardiola, a ganhar a prova por dois clubes diferentes, juntando este triunfo ao obtido com o AC Milan em 2007. Ao serviço dos rossoneri, também ganhou, como jogador, a Taça Intercontinental duas vezes.

Como seria de esperar, o Real Madrid entrou a dominar e, logo nos primeiros instantes, não esteve longe do golo, com Benzema a não conseguir chegar à bola. A equipa argentina, pela qual torce o Papa Francisco, tentou organizar-se atrás e explorar as saídas para o contra-ataque, mas na primeira parte nunca conseguiu colocar em sentido a rectaguarda espanhola. Ao intervalo, não tinha realizado qualquer remate digno desse nome.

O Real Madrid não foi sufocante, mas jogou o suficiente para ter um par de oportunidades antes de Sergio Ramos inaugurar o marcador, aos 37’, num cabeceamento após um canto em que superou o central colombiano Mario Yepes (quase com 39 anos). Também já tinha sido o espanhol a fazer o 1-0 na meia-final com o Cruz Azul e por isso acabou eleito como o melhor jogador do torneio — Cristiano Ronaldo foi o segundo e o neo-zelandês Ivan Vicelich, do surpreendente Auckland City, o terceiro.

O campeão europeu dobrou a vantagem sobre o vencedor da Taça Libertadores aos 51’. Bale marcou com a contribuição do guarda-redes Sebastián Torrico, que deveria ter defendido o remate do galês.

O jogo ficou decidido nesse momento, mesmo que o San Lorenzo tenha testado na última meia hora a atenção de Casillas em dois ou três remates com algum perigo, especialmente o de Kalinski aos 84’. O título mundial não escapou ao favorito.

Ronaldo, em cima dos 90’, teve a grande oportunidade para marcar o ponto — praticamente a única —, após um centro de Coentrão, mas o avançado saiu de Marrocos sem qualquer golo, apesar da forte contribuição para a vitória na meia-final. O capitão da selecção portuguesa, campeão europeu e mundial com o Manchester united, conseguiu já os mesmos títulos com o Real. Para Coentrão, este foi o primeiro título mundial, enquanto Pepe já tinha estado no triunfo do FC Porto sobre o Once Caldas, em 2004, na Taça Intercontinental, embora sem sair do banco.

Antes, também em Marraquexe, o Auckland City, da Nova Zelândia, tinha feito um pouco de história, ao conseguir ser a primeira equipa da Oceânia a terminar o Mundial no pódio, depois de derrotar o Cruz Azul, do México, no desempate por penáltis (4-2), após um empate a um, no jogo de atribuição da medalha de bronze.

 

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