Câmara de Gaia envolve instituições do concelho na gestão de equipamentos municipais
Aprovada a criação de uma cooperativa, em substituição da falida empresa municipal Gaianima. Tribunal de Contas terá de avaliar a proposta.
A proposta terá de ser ainda aprovada em Assembleia Municipal e, de seguida, terá de passar o crivo do tribunal de Contas. No Grande Porto não há exemplos de cooperativas de iniciativa municipal, e Gaia teve de ir até Guimarães, para analisar o que Eduardo Victor rodrigues designa de “bom exemplo”, as entidades que aquele município criou, para as áreas do apoio social (Fraterna), a habitação social (Casfig) os equipamentos de desporto e lazer (Tempo Livre), a cultura (A Oficina) e a gestão do teleférico (Turipenha).
Em Gaia, esta entrada no universo cooperativo – que o autarca assume como ideológica, em alternativa a uma possível concessão a privados – fica-se pelos equipamentos que eram até aqui geridos pela Gaianima, que deixou um passivo de 14 milhões de euros. Em contraponto a esta “má gestão”, Eduardo Vítor pretende demonstrar que é possível fazer “melhor”, com a participação de juntas e associações que queiram entrar na cooperativa, e um contrato programa de 120 mil euros anuais, para cobrir os custos dos preços sociais cobrados para usufruto de piscinas, pavilhões e outros espaços.
Para além disso, o autarca espera que a Cooperativa venha a permitir a agilização de contratos com profissionais que prestam serviços em part-time nos vários equipamentos e que a autarquia não pode colocar nos seus quadros. E, no âmbito do programa Portugal 2020, admite que esta entidade possa candidatar-se a fundos para as actividades que vai desenvolver – o apoio ao desporto para idosos e deficientes, por exemplo – e para obras de manutenção nos espaços cuja gestão vai partilhar com o município.