Mini Bonga recria quimonos para bebés com tecidos do mundo

Partindo das tradições e costumes que influenciam a moda das crianças de outros continentes, a Mini Bonga utiliza a fusão de cores, padrões e texturas para criar pecas originais e fáceis de vestir

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A Mini Bonga vai participar no FleaMarket no dia 13 de Dezembro DR

A Mini Bonga, criada no início de 2014, é uma marca de roupa para crianças dos 0 aos 24 meses produzida em tecidos únicos trazidos dos vários continentes.

A ideia surgiu durante a primeira gravidez de Mariana Bacelar que “não encontrava no mercado roupa que gostasse completamente”, confessa a autora da marca ao comparar a forma como as crianças de outros países e de outros continentes se vestem alegando que, “muitas vezes, são formas muito mais divertidas e alegres”. 

Os tecidos coloridos e de diferentes padrões provêem, a maior parte deles, de 10 anos de viagens de Mariana entre os continentes africano e asiático, tendo chegado a viver perto de um ano na China e viajado num transiberiano que a conduziu de Moscovo a Pequim. 

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A próxima linha será inspirada na roupa da Mongólia com a aplicação de bordados sobre tecidos lisos. DR

“Muitos dos tecidos trouxe-os dessas viagens e sem saber muito bem para quê porque gostava deles e achava que algum dia iria fazer alguma coisa com eles”, explica a autora e também escultora que encontrou uma finalidade alternativa, para além da aplicação na prática artística. 

As roupas são manufacturadas pela própria e existem em edições limitadas, dado que alguns tecidos apenas permitem produzir um número reduzido de exemplares: “São tecidos que eu sei que nunca mais na vida vou voltar a encontrar”, revela Mariana Bacelar ao P3. 

Na opinião da autora, a escolha do modelo quimono para bebé resulta por ser um modelo simples, fácil de vestir e que se adapta a qualquer corpo. No entanto, a Mini Bonga já começou a desenvolver peças também para criança e para adultos, respectivamente a Média e a Maxi Bonga. 

Os produtos estão à venda através da loja online e também na Kate Skatehop, no Porto, sendo que o objectivo é o de introduzir a marca em lojas seleccionadas de roupa para criança.

Entretanto, as peças Mini Bonga vão sendo exibidas em feiras, tendo já participado no Mercado Porto Belo e no Urban Market. No dia 13 do próximo mês, a Mini Bonga conta participar no FleaMarket, também no Porto. 

“É uma forma de mostrar ao público os produtos e ter um contacto directo com as pessoas”, explica a autora, reconhecendo que “ainda há uma certa timidez dos portugueses, e especialmente dos portuenses, no que se refere à cor”, em particular na roupa para bebé. 

“Depois de pensar que a população portuguesa se veste maioritariamente de preto, e com o fado à mistura, isso faz de nós pessoas mais tristes e, se calhar, porque desde bebés que nos castram quanto à cor”, justifica.

Com o intuito de internacionalizar a marca, Mariana Bacelar destaca que a Mini Bonga está completamente à parte do que se convencionou que é a roupa para bebé, acreditando que, no futuro, haverá bebés, crianças e adultos mais divertidos e mais coloridos.

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