Professores que ficaram aprovados na PACC não fazem a prova este ano
O diploma que define as regras da PACC estabelece que os candidatos que ficam aprovados na prova só têm de a realizar novamente passados cinco anos.
O diploma que define as regras da PACC estabelece que os candidatos que ficam aprovados na prova só têm de a realizar novamente passados cinco anos, caso não tenham um ano completo de serviço durante aquele período. No entanto, o diploma determina também que a PACC é composta por duas provas - uma de componente comum e outra específica consoante a área do docente -- e, no passado ano lectivo, os candidatos realizaram apenas a componente comum.
Alguns professores ficaram, por isso, com dúvidas sobre se a prova realizada no ano lectivo de 2012/2013 tinha validade e se, mesmo sendo aceite, teriam de realizar este ano a prova de componente específica. Uma das perguntas frequentes no site do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) é precisamente se os docentes aprovados precisam agora de fazer a prova de componente específica.
"Os candidatos que obtiveram aprovação na PACC no ano escolar 2013/2014 não necessitam de realizar a(s) prova(s) da componente específica este ano, podendo ser opositores aos concursos de selecção e recrutamento de pessoal docente", explica o IAVE. Para César Israel Paulo, presidente da Associação Nacional de Professores Contratados (ANVPC), esta situação cria uma "desigualdade entre os colegas que fizeram a PACC no ano passado e os que vão fazer este ano".
Durante a próxima semana, os docentes que não realizaram ou reprovaram na prova assim como os novos candidatos a dar aulas nas escolas devem inscrever-se no site do IAVE para realizar a PACC. "O universo de candidatos será agora muito menor do que foi no ano passado", acrescentou César Israel Paulo.
A aprovação na prova é condição necessária para todos os que não têm um vínculo efetivo e menos de cinco anos de serviço e querem candidatar-se a um lugar numa escola. A componente geral da prova realiza-se a 19 de Dezembro e as provas das componentes específicas, que variam consoante as áreas disciplinares ou grupos de recrutamento dos docentes, começam a 1 de Fevereiro. A Federação Nacional de Professores (Fenprof) já admitiu a hipótese de agendar para 19 de Dezembro uma greve geral de professores, como forma de contestar a prova.