Mais de mil jovens das escolas do concelho de Viana do Castelo vão formar, no próximo dia 25 de Novembro, um laço humano branco, símbolo da luta pela eliminação da violência contra as mulheres, disse esta quinta feira, 13, à Lusa fonte da organização.
De acordo com aquela fonte, a iniciativa "está a ser trabalhada com todas as escolas do concelho no sentido de garantir a presença do maior número de alunos possível" porque, explicou, "é nesta faixa etária que a sensibilização é fundamental até para travar o crescente número de casos de violência no namoro".
Segundo a mesma fonte, uma empresa têxtil do concelho está a confeccionar um laço em tecido branco, gigante, que alunos que irão participar na moldura humana, a formar cerca das 12h30, na praça da Liberdade, em pleno centro da cidade, irão erguer em sinal de luta contra a violência doméstica.
A realização da moldura humana em forma de laço branco que vai assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra Mulheres é uma das iniciativas da acção "Novembro Branco". Trata-se de um conjunto de acções de prevenção e sensibilização dos jovens para a problemática da violência doméstica organizado pela Direcção Regional do Norte do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), em parceria com o Gabinete de Atendimento à Família (GAF) de Viana do Castelo e a Associação "Methamorphys".
Este ano, a organização lançou o desafio à Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) no sentido de envolver o comércio tradicional. Segundo a fonte da organização, foi solicitada a decoração das montras dos estabelecimentos comerciais da cidade, "com motivos alusivos ao laço branco como símbolo de indignação e repulsa pela violência contra as mulheres".
O programa do dia 25 inclui ainda a realização de uma acção de sensibilização junto dos alunos das escolas do concelho que vai decorrer no Centro Cultural de Viana do Castelo, com a participação do grupo Teatro do Oprimido. A companhia de Lisboa vai representar a peça "Que tipo de mulher devo ser", sendo que "os próprios jovens irão experimentar o papel de actores e passar de um papel passivo para um papel mais activo na actuação e consciencialização deste problema".
Durante este mês irão ainda decorrer várias exposições dos trabalhos de alunos das escolas secundárias e profissionais do concelho, "onde se apresentam cenários ou imagens evocativas de violência, que visam explorar e representar a essência do contexto íntimo abusivo".