Quase metade da população portuguesa vive em cidades

INE divulga retrato estatístico das 159 cidades portuguesas.

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O retrato estatístico que o INE divulga esta sexta-feira das cidades portuguesas quantifica aquilo que já se sabia: 42% dos portugueses vivem numa das 159 cidades portuguesas, sendo que há sete cidades – Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Amadora, Braga, Funchal e Coimbra – que concentram 14% da população do país.

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Recorrendo ainda a indicadores dos Censos 2011, o INE sublinha o desequilíbrio demográfico português quando lembra, por exemplo, que cerca de metade da população residente em cidades se concentrava em apenas 10% do número total de cidades, ou seja, nas 17 cidades com mais de 50 mil habitantes. Ao mesmo tempo, as cidades de dimensão inferior a 20 mil habitantes que representam 65% do total de cidades concentram apenas 21% da população citadina. Temos assim um país em que se destacam quatro grupos de cidades: o de Lisboa e Porto (com 500 mil e 200 mil habitantes, respectivamente); outro composto por cinco cidades dispersas com entre 100 a 200 mil habitantes; um terceiro grupo de 96 cidades com uma população que oscila entre os 100 e os dez mil habitantes; por último, agrupam-se 56 cidades caracterizadas por uma perda progressiva de população.

Em regra, as cidades são menos envelhecidas do que o total do país. Nas primeiras concentravam-se em média 118 idosos por cada 100 jovens, enquanto no total do país havia 128 idosos por cada 100 jovens. No ranking das mais envelhecidas, Gouveia ganha. Tem 246 idosos por cada 100 jovens. Seguem-se Borga (230 idosos por 100 jovens), Porto (194) e Lisboa (183).

Sem surpresas, a proporção de residentes com ensino superior completo era maior nas cidades (21%) face ao conjunto do território nacional (15,1%).

Que os estrangeiros se concentram nas cidades também não é algo que surpreenda. A nível regional, as cidades do Algarve contavam 11% de estrangeiros entre a sua população, sendo que, em Albufeira, 22,5% dos residentes são estrangeiros.

Entre os citadinos portugueses, cerca de 20% vai a pé para o local de trabalho ou estudo. Entre os que recorrem a algum tipo de transporte, o automóvel domina (59%), sendo que a cidade do Barreiro é a única cidade do país em que os transportes públicos são mais utilizados do que o automóvel. Ao mesmo tempo, os residentes no Barreiro são os que mais tempo despendem nas deslocações entre a casa e o trabalho ou a escola, em média 33 minutos em cada um desses percursos. A média no conjunto das 159 cidades é de 30 minutos.

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