Lição de coisas
Quase ninguém percebeu que o “servilismo” perante a Alemanha é um facto da vida.
Nada impedia este exercício. A Rússia continuava na miséria; a América estava endividada e enfraquecida; e a França e a Inglaterra, apesar da retórica oficial, sem verdadeira influência externa. A Alemanha miraculosamente acordou como em 1914 dona da Europa e passou logo a impor a sua vontade à gente bárbara da periferia. Hoje manda, embora com boas maneiras, da Roménia a Lisboa, enquanto vai enredando as suas vítimas com tratados supostamente benéficos para a Europa, mas que realmente se destinam a consolidar a sua posição. O Orçamento para 2015 indignou por aí muito português. Quase ninguém percebeu que o “servilismo” perante a Alemanha é um facto da vida, não é nem um erro económico, nem a falta do “murro na mesa” que António Costa anda por aí a prometer. As coisas são como são.