Directores de escolas aceitam gerir colocações mas rejeitam responsabilidades por erros passados

Os directores das escolas tencionam telefonar aos professores que se candidataram às vagas a pedirem que não deixem esgotar os prazos para aceitação ou recusa dos lugares. Mas não farão milagres, avisam.

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Pedro Nunes

Antes de terem sido detectados os erros na ordenação de professores que levaram o MEC a congelar a BCE (depois da primeira entrada de docentes nas escolas, a 9 de Setembro) estava previsto que a partir daí as colocações passassem a ser feitas “ao minuto”. Esta expressão, originalmente, significava que, face à necessidade de um professor, ao director de uma escola bastaria dar conta disso através de uma plataforma electrónica para que o primeiro docente da lista recebesse uma mensagem automática, informando-o da oferta de horário. 

“A diferença é que vamos ter os telefones dos professores e poderemos pressioná-los directamente, no bom sentido. Ou seja, sensibilizá-los, de maneira a que não deixem esgotar todos os prazos para aceitação ou recusa”, explicou Filinto Lima, vice-presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP). Neste contexto, também este director ressalvou que desta acção "não se podem esperar milagres", mas apenas "a boa vontade dos directores no sentido de colaborarem na resolução de um problema que se arrasta". "Não vamos entrar de pé atrás, mas também ninguém deve embandeirar em arco. Vamos ver como corre", comentou. 

De acordo com ambos os dirigentes, na última colocação de professores através da BCE, esta semana, terão ficado ainda por preencher “pelo menos metade” das vagas que ainda existiam nas escolas. Manuel Pereira e Filinto Lima informaram ainda que, nas reuniões com directores da região Norte, esta terça-feira, os dois secretários de Estado voltaram a manifestar-se disponíveis para encontrar soluções para compensar os alunos pelos atrasos na colocação de docentes. Caberá às direcções das escolas apresentar as propostas. 

 

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