Morreu o jornalista da SIC Fernando de Sousa

Correspondente em Bruxelas tinha 65 anos.

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Fernando de Sousa era o correspondente da SIC em Bruxelas DR

O jornalista encontrava-se na cidade italiana para acompanhar a cimeira dos chefes de Governo europeus sobre o emprego. Aparentemente Fernando de Sousa terá sofrido de um problema cardíaco fulminante.

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, lamentou a morte do jornalista, que "levou muitas vezes as vozes da Europa até Portugal", numa mensagem de condolências a que a Lusa teve acesso.

"Foi com profundo pesar e consternação que soube do desaparecimento do jornalista Fernando de Sousa", escreveu José Manuel Durão Barroso, elogiando o "jornalista ciente do seu papel na sociedade".

"Fernando de Sousa levou muitas vezes as vozes da Europa até Portugal. A Europa deve-lhe essa missão, que tão bem soube desempenhar. Deixa saudade", considerou ainda, na mensagem de condolências à família.

O ainda presidente do executivo comunitário salientou também que o jornalista "deixa sem dúvida um legado de isenção, objectividade, exigência e espírito crítico tão necessários à construção do espaço público europeu".

Francisco Pinto Balsemão, presidente da Impresa, já reagiu com "profundo pesar" à notícia. "Na SIC desde os primeiros tempos, Fernando de Sousa destacou-se pela forma como acompanhou a presença de Portugal na União Europeia. Através da sua visão imparcial e do seu profundo conhecimento sobre estas matérias, Fernando de Sousa levou às nossas casas os bastidores da política europeia e mundial e ensinou-nos, ao longo da sua notável carreira de jornalista, a olhar para os temas da Europa de forma isenta, crítica e pedagógica. Em meu nome e em nome da toda a SIC e do Grupo Impresa, envio as nossas sentidas condolências à sua família”, diz uma nota emitida por Pinto Balsemão. 

A imagem de Fernando de Sousa no ecrã da estação do grupo Impresa é há muitos anos indissociável de Bruxelas. Mas, antes de ser correspondente na cidade que acolhe o Parlamento Europeu, também passou por Londres e pela Alemanha ao serviço de outros meios de comunicação social.

Antes da SIC, o seu percurso profissional fez-se no jornal Comércio do Porto, na estação pública RTP/RDP, na BBC e no Diário de Notícias. Em 2006, o então Presidente da República Jorge Sampaio condecorou-o com a Ordem do Infante D. Henrique.

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