Elza Pais pode avançar com candidatura ao departamento das mulheres socialistas

Edite Estrela também tem sido desafiada para liderar uma lista alternativa a Isabel Coutinho, presidente das mulheres socialistas, mas diz que se deve dar os lugares aos mais novos.

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Deputada socialista Elza Pais é a primeira autora do projecto de lei Rui Gaudêncio

“A presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas devia promover uma nova legitimidade para o próprio departamento. Considero que o DNMS não corresponde ao pensamento da maioria das mulheres nem ao projecto político que a grande maioria delas têm para a igualdade”, afirmou Elza Pais, censurando “a colagem da actual presidente do DNMS à candidatura de Seguro”.

Ao PÚBLICO, a ex-secretária de Estado disse que “Isabel Coutinho não tem legitimidade para continuar desenvolver o seu trabalho e para o fazer necessita de uma nova confirmação”. Quanto a uma eventual candidatura, afirma-se que essa possibilidade será discutida no “devido momento”. “Quando se colocar essa questão e se for esse o sentido da maioria das mulheres socialistas, nenhuma de nós estará em condições de não avançar “, declara.

A ex-eurodeputada Edite Estrela tem sido desafiada a avançar, mas considera que se deve dar lugar aos mais novos. “Em política nunca se pode dizer nem nunca nem sempre, mas estou muito longe de pensar dar esse passo. Se estivesse no lugar de Isabel Coutinho, iria disputar eleições na mesma altura em que há directas para secretário-geral”, afirma.

Mais contundente, Maria Augusta, do Departamento Distrital das Mulheres Socialistas de Braga, entende que a presidente deve tirar consequências das primárias e assumir as suas responsabilidades”. Maria Augusta criticou severamente a líder das mulheres socialistas por ter “participado activamente nas primárias e ter exposto o DNMS”. “Isabel Coutinho não tem condições para continuar no lugar”, defende.

Também Florbela Fernandes, do Departamento Distrital de Évora, entende que “a presidente não tem condições para continuar a representar as mulheres do partido” e acusa-a de nunca se ter demarcado das “violentas acusações que António José Seguro fez a António Costa e aos seus apoiantes” na campanha das primárias.

 O PÚBLICO tentou falar por diversas vezes com isabel Coutinho, mas sem sucesso.

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