A poesia do tijolo deu um prémio a Siza
Arquitecto trabalha pela primeira vez com tijolos recuperados no museu alemão distinguido com o prémio Fritz Hoger.
A obra, feita em colaboração com Rudolf Finsterwalder, tem “as paredes exteriores cobertas com o mesmo tipo irregular de tijolo dos outros edifícios existentes" na Fundação da Ilha de Hombroich, lê-se num texto escrito pelo colaborador alemão do arquitecto português.
Estes são "tijolos recuperados" de casas antigas e é a primeira vez que Siza trabalha com tijolos reutilizados, explica o arquitecto português através de email. Alguns elementos, como a entrada, são pontuados com mármore português. Por dentro, as paredes são brancas, enquanto no tecto e no chão se usa o carvalho.
Ao entrar no museu, depois de passar o átrio, Rudolf Finsterwalder explica no mesmo texto disponibilizado pelo atelier de Siza que chegamos a uma vista espectacular e ao coração deste museu situado na Ilha de Hombroich: todas as salas estão orientadas para um pátio central, oferecendo uma paisagem enquadrada, onde ao longe conseguimos ver Düsseldorf. “É poética a ideia de natureza de Siza e o seu projecto está inserido na paisagem.”
O pavilhão, que expõe arquitectura e fotografia da colecção do museu, exemplifica, para o júri, “o uso soberano do tijolo na sua forma simples” no meio da paisagem alemã onde está inserido. Foi inaugurado em Setembro de 2007 com a exposição Álvaro Siza: esquissos, maquetes, edifícios.