Em 2001, a Apple apresentava um leitor que punha mil músicas no bolso ou na mala. Pequeno e com um design minimalista, com pouco mais que uma espécie de roda que se fazia girar apenas com um dedo, surgiu nas versões de 5GB e de 10GB.

O modelo original sofreu várias actualizações e deu lugar a outros modelos. Em 2002, era retirada a roda mecânica e colocada uma outra sensível ao toque e a capacidade de armazenamento duplicava para as duas opções. Nos anos que se seguiram, o leitor passou a ter mais capacidade para guardar músicas e surgiu noutras cores além do clássico branco. O centro do aparelho, onde se realizam todas as operações, foi-se tornando mais simples e intuitivo e o tamanho do iPod foi diminuindo, ao mesmo tempo que se tornava mais leve.

Em 2005 surgia o iPod Nano, que mais tarde passaria a ter suporte para vídeo, num pequeno ecrã de duas polegadas, e o iPod Shuffle, um leitor com metade do tamanho do modelo anterior e com a particularidade de “falar” com o utilizador ao indicar-lhe os títulos das músicas e o nome dos artistas e das playlists.

Em 2007, seis anos após o lançamento do Classic, a Apple divulgava que desde que colocou o seu produto no mercado tinham sido vendidas 100 milhões de unidades. O iPod era redesenhado pela última vez e o leitor passava a ter a parte da frente em prateado ou preto e a sua capacidade de armazenamento chegava agora a 160GB.

No mesmo ano surgia o iPod Touch, um modelo inspirado no iPhone, sem botões, sensível ao toque e com capacidade para se ligar à Internet sem fios.

Em 2011 surgiram os primeiros rumores de que a Apple se preparava para descontinuar os iPods Classic e Shuffle, na altura dois dos produtos menos vendidos pela empresa.

Na mesma semana que a empresa liderada por Tim Cooks anuncia os novos iPhone 6 e iPhone 6 Plus e ainda o Apple Watch, surge assim de forma silenciosa (não houve um anúncio formal por parte da Apple) a indicação de que o iPod Classic foi retirado do mercado, muito por se ter passado a ouvir e consumir música sobretudo em smartphones e tablets e se ter tornado desnecessário ter apenas um aparelho para armazenar canções e álbuns.