Trinta anos depois da sua morte, um acontecimento: François Truffaut
A Cinemateca Francesa dedica ao realizador de Os 400 Golpes o melhor da sua temporada, com uma grande exposição e uma retrospectiva integral.
O “acontecimento”, que assinala os 30 anos da morte de Truffaut, assume uma variedade de formas, a começar por uma grande exposição, patente de 8 de Outubro a 25 de Janeiro, montada a partir dos arquivos do realizador depositados pelos seus herdeiros na Cinemateca Francesa – guiões de trabalho, cadernos de apontamentos, correspondência, objectos pessoais, cartazes, fotos de rodagem. Em simultâneo, até 30 de Novembro, decorre uma retrospectiva integral dos filmes de Truffaut, curtas incluídas, acompanhada por dois ciclos complementares: À Volta de Truffaut, reunindo obras que produziu ou nas quais colaborou (como, por exemplo, O Acossado, de Godard, para o qual escreveu o argumento), e Depois de Truffaut, com filmes posteriores a 1984 de algum modo influenciados ou inspirados pelo seu cinema (com obras de Léos Carax, Olivier Assayas, Arnaud Desplechin ou André Téchiné, entre outros). Haverá ainda conferências dedicadas ao realizador e um catálogo organizado pelo crítico e director da Cinemateca Serge Toubiana; como bónus extra, os filmes de Truffaut vão ser editados em DVD pela MK2 e rodar pelo circuito de exibição francês, com O Último Metro a ter reposição alargada numa nova cópia restaurada. E a Cinemateca lançará no início de Outubro um site específico sobre o realizador, em forma de “diário íntimo”, espécie de complemento on-line às múltiplas actividades propostas.
Prometem-se ainda, para o Outono, ciclos dedicados a Sergio Leone, John McTiernan e Phil Karlson, antes de Truffaut dar lugar a uma exposição dedicada a Michelangelo Antonioni e a ciclos sobre John Ford ou Alexei Guerman.
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