Alimentação e lavandarias dos hospitais do Norte e Centro em greve na quarta-feira
De acordo com António Baião, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro, afecto à CGTP, o SUCH "paga salários muito baixos, que não asseguram uma vida digna aos trabalhadores".
Adiantou ainda que a empresa "não atualiza" os vencimentos dos funcionários dos serviços de alimentação e outros "há quatro ou mais anos" e que os trabalhadores decidiram pela paralisação e concentração à porta da firma, no Porto, na manhã de quarta-feira.
De acordo com o sindicalista, na região Centro, a greve vai reunir mais de meio milhar de trabalhadores dos distritos de Leiria (lavandaria do Hospital de Santo André, que presta igualmente serviço aos hospitais de Pombal e Caldas da Rainha), Coimbra (serviço de roupa e alimentação dos Hospitais da Universidade), Viseu (lavandaria e alimentação do Hospital de São Teotónio) e Castelo Branco, onde a lavandaria do hospital do Fundão presta serviço às unidades da capital de distrito e da Covilhã.
Na quarta-feira, está agendada uma concentração à porta do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), de onde os trabalhadores partem para o Porto, estimando o responsável sindical que a concentração junto às instalações do SUCH reúna cerca de 250 pessoas, 150 da região Centro e 100 da região Norte.
Já de acordo com uma moção da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), os grevistas reclamam a "reposição total e imediata" de 32,12 euros mensais que alegam que lhe foram "roubados" com a redução do subsídio de refeição, uma actualização "justa" dos salários para todos os trabalhadores, a reposição da contratação colectiva "incluindo o pagamento dos feriados, com efeitos a 1 de Agosto" e o reinício "imediato" das negociações do acordo de empresa, "tendo em vista um acordo global entre as partes até 31 de Dezembro de 2014".
Na moção, a federação sindical alega que a empresa tentou "desmobilizar os trabalhadores" de aderirem à greve, aumentando o salário mínimo em vigor para 500 euros, a partir de 1 de Setembro, e frisa que o SUCH "pode pagar melhores salários e dar melhores condições de trabalho".
"Apesar de todos os esforços da FESAHT/sindicatos não foi possível obter um acordo que evitasse a greve", sustenta a estrutura sindical.