Nasceu em Portugal mais uma iniciativa de louvar. Uma de muitas no meio desta asfixiante crise. Foi criada a plataforma “Gerador”, que tem como objectivo a divulgação e promoção da cultura portuguesa. A apresentação do projecto iniciou-se com o lançamento de uma revista trimestral – Revista Gerador, na qual tive o prazer de participar.
Num segundo passo, os fundadores do projecto, Pedro Saveedra, Tiago Sigorelho e Miguel Bica, lançaram a discussão: Como fazer cultura para todos hoje?
Intrigante pergunta de difícil resposta que exige, sem dúvida, uma reflexão. Não sei se alguém tem uma solução mágica, mas de uma coisa estou certo, é de movimentos como este que a cultura pode estar um passo mais próxima de todos. É uma “declaração de amor à cultura portuguesa”, dizem os fundadores. Sem vergonha do que somos e em defesa do nosso património, nas mais diversas áreas. Uma visão abrangente tal como os tempos de hoje o exigem.
Voltando à questão colocada, um factor que considero importante, e talvez menos evidente, é a necessidade de luta constante pelo valor da liberdade. Poderá ser o conceito base para a sobrevivência da cultura. Será fundamental a conservação da expressão livre, a libertação dos medos e preconceitos, a tolerância. Claro está que estes valores não são só de exclusiva importância para que a cultura viva, mas deixemos as restantes matérias para outra ocasião. Acredito que a preservação da liberdade conduzirá, naturalmente, a mais cultura e à sua difusão.
Reflexos da capacidade criadora do homem são de admirar. No caso particular da plataforma Gerador, a essência do projecto reconhece a importância da cultura para todos, nos dias de hoje. A que temos e queremos ter. É fundamental para manter as ideias claras, saber o que queremos e como queremos, para onde devemos ir e como queremos ir.