Ida, entre o espírito e a carne
Uma das pequenas boas surpresas que por vezes aparecem pelo meio de lançamentos só para tapar buracos
O encontro de Ida com a sua única parente viva abre uma “caixinha de Pandora” dobrada de olhar lúcido sobre um país em transformação, entre os sonhos de futuro de um músico encontrado por acaso e o passado transtornado que a tia transporta desde a II Guerra Mundial.
Ida está no meio, entre o espiritual e o carnal, entre a religião e a política, e Ida é a história das suas escolhas e dos seus porquês, encenada ao mesmo tempo com uma austeridade cinéfila à prova de bala e uma atenção às personagens herdada da “tradição britânica” em que Pawel Pawlikowski se formou.