Requalificação da EN 125 vai recomeçar em versão reduzida

Construção das variantes a Albufeira e Olhão e requalificação do troço de Boliqueime, com acesso directo a Vilamoura, ficaram de fora do plano dos trabalhos.

Avança a construção das variantes a Faro, Almancil e Lagos. A variante do nó da Guia/Albufeira, já em fase terraplanagem,  é uma das obras que fica congelada, bem como o acesso directo a Vilamoura.

A maior das obras previstas em 2008 com um orçamento total de de 151 milhões - incluindo a construção de 69 rotundas, passeios pedonais e ciclopistas – desaparece do novo mapa de trabalhos.   

O presidente das Estradas de Portugal (EP), António Ramalho, reuniu-se nesta segunda-feira com os autarcas da região, no quadro da Comunidade Intermunicipal do Algarve – Amal, para lhes dar conta da renegociação feita com a subconcessionária Rotas do Algarve Litoral. O acordo inclui o regresso de cerca de metade da  EN 125,  entre Olhão e Vila Real de Stº António, à manutenção e exploração directa  da EP. 

A requalificação deste troço tem um custo estimado de 14 milhões de euros, mas não se sabe ainda quando se iniciará. “Aguarda visto do Tribunal de Contas”, justificou António Ramalho, embora tenha acrescentado que o programa de  investimento ainda não foi submetido ao tribunal.

O presidente da Amal, Jorge Botelho, PS, também presidente da câmara de Tavira, diz que não “pode haver dois algarves”, referindo-se ao facto de a zona do sotavento ter ficado “esquecida” nesta primeira fase dos investimentos. A construção da variante a  Olhão, uma das obras mais caras que fazia parte do projecto inical, não vai ser construída.

“Os autarcas compreendem as dificuldades financeiras do país”, disse o presidente da EP, salientado a “frontalidade” com que decorreu a reunião. “Vamos ser interlocutores exigentes”, disse, por seu lado, o representante dos autarcas, acrescentando que lhe foi garantido que a repavimentação da EN 125 começariam a seguir ao Verão, tendo como data prevista para a conclusão o primeiro semestre de 2016.

A requalificação e conservação da EN 125, de Lagos a Olhão, fica sob a responsabilidade da Rotas do Algarve Litoral. Daí até Vila Real de Stº António a totalidade da via voltará para a Estradas de Portugal. A variante à localidade de Luz de Tavira é outra das obras que não se vai realizar. O piso da  estrada, na zona de Manta da Rota a Cacela Velha,  apresenta-se muito degradado, mas só para o ano é que se prevê que os buracos venham a ser tapados. 

Para o troço entre Boliqueime e Quatro Estradas, numa distância de cerca de oito quilómetros, estava prevista uma intervenção de fundo que permitiria um acesso directo a Vilamoura,  a partir da Via do Infante. De acordo com o projecto apresentado pelo anterior primeiro-ministro, José Sócrates, haveria nesse troço seis rotundas. Para já, nada será feito. António Ramalho só garante que o “concessionário apresentará um plano de trabalhos para começar as variantes no mês de Agosto”, salientando que as obras não terão  não terão impacto nos fluxos turísticos.

                

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