A 2 de Abril, Filipe Castro Matos, 25 anos, decidiu tomar as rédeas do sono e da produtividade e começar a acordar antes do nascer do sol. Durante mais de 21 dias, pôs-se a pé às 4h30 da manhã. Apesar de pouco se passar em Lisboa a essa hora, o início do dia de Filipe era agitado: “Quando acordava às 4h30, trabalhava durante duas horas até às 6h30, ia ao ginásio e depois voltava ao trabalho”.
“Foi um impulso”, conta Filipe ao P3. “De outra forma iria deixar arrastar o seu início”. Durante anos acordou com as galinhas, mas queria aproveitar melhor e optimizar os dias e foi aí que começou a “acordar realmente cedo”.
A princípio, os amigos ficaram preocupados com o sono de Filipe, que garante que não só dormia muito, como ainda dormia mais do que antes. Por causa da disciplina a que se obrigava, acabava por ficar “mais energizado e descansado durante o dia“. E acrescenta: “Comecei a ver o meu nível de produtividade a aumentar e, com isso, a minha motivação diária também”.
Mas as preocupações dos amigos e da família, as dúvidas e as perguntas constantes acabaram por fortalecer a vontade do jovem. “Isto seria muito mais complicado se não tivesse toda a gente à minha volta porque eram elas que faziam que eu continuasse, quer apoiando, quer questionando ou duvidando”, confessa.
Daí para as redes sociais foi um passo, o #21earlydays (hashtag criado pelo próprio) começou a ser seguido por todo o mundo, como nos EUA, na Lituânia e na Índia. “Ninguém gosta de ser indiferente”, diz. “Decidi partilhar ao máximo este desafio, tirando proveito das redes sociais e do bom alcance que consigo atingir”.
Durante os 21 dias, nunca pensou em desistir e, depois de prolongar o hábito duas semanas, garante que a segunda edição dos #21earlydays está para breve. Depois de findo o desafio, Filipe juntou tudo o que aprendeu num texto: “12 Lessons of Waking Up at 4:30 a.m. for 21 Days” (12 lições de acordar às 4h30 da manhã durante 21 dias). “E se há lição que tirei com isto é que por vezes não é melhor aconselharmo-nos com outras pessoas porque neste caso grande parte das pessoas iria demover-me”.
Texto editado por Luís Octávio Costa