Waratahs arrasam, Chiefs sem margem de erro
Três equipas já estão apuradas, outros tantos lugares no “play-off” do Super Rugby serão definidos na última jornada
Chiefs e Hurricanes em dificuldades
No primeiro derby neozelandês da jornada, os Chiefs conseguiram uma vitória após três derrotas consecutivas, mantendo-se matematicamente na luta pelos “play-offs”. A equipa da casa, que antes do jogo eram nona na classificação geral, precisava desesperadamente de um triunfo para manter alguma esperança em defender o estatuto de campeão. A história estava contra os Hurricanes, que já não ganham em Hamilton desde 2007, e a tradição manteve-se. Jamie Mackintosh (27’) e Brodie Retallick (61’) obtiveram os ensaios para a equipa da casa, que após o ensaio de Retallick comandava o jogo por 24-9. Os forasteiros viriam a reduzir ao minuto 64 por intermédio de Hadleigh Parkes, colocando o resultado final em 24-16. Com este resultado, os Hurricanes ficam dependentes de terceiros para se manterem nos lugares de acesso aos “play-offs”, dado que não vão competir na última jornada.
Lions devoram Rebels
Os Lions regressaram inspiradíssimos da pausa e produziram um fantástica exibição. O médio-abertura Marnitz Boshoff foi a principal referência da equipa, conseguindo obter 19 pontos, ajudando a sua equipa a derrotar os Rebels por 34-17, no mítico Ellis Park, em Joanesburgo. Os anfitriões obtiveram três ensaios - Anthony Volmink (1’), Warwick Tecklenburg (57’) e Warren Whiteley (70’) - contra apenas dois dos australianos - Tom English (21’) e Colby Fainga'a (51’). Com esta derrota os Rebels passam a ser o nova lanterna vermelha da competição e ainda têm que viajar até Pretória para defrontarem os Bulls.
Crusaders com um pé na meia-final
O segundo derby neozelandês foi um “clássico” e os Crusaders voltaram a impor-se aos Blues (21-13), resultado que lhes garante um lugar no top-6. Os únicos ensaios dos anfitriões surgiram por intermédio do fijiano Nemani Nadolo (16’) e (72’), no entanto os Blues dominaram territorialmente a equipa da casa e tiveram maior posse de bola durante o encontro. Com o ensaio de Frank Halai (19’) - após uma intercepção na sua área de 22 metros aliada a um sprint de 90 metros - nada faria prever a vitória da equipa de Richie McCaw, mas tal como a sua prestação na actual edição de Super Rugby, confirmou-se que “até ao lavar dos cestos ainda é vindima”. Com esta derrota os Blues estão praticamente arredados dos “play-offs” e defrontam na última jornada outra equipa desesperada por pontos: os Chiefs.
Force despedem-se em grande de Nick Cummins
Os Western Force mantiveram viva a esperança de conseguirem uma inédita presença na segunda fase do Super Rugby, após terem derrotado os Reds por 30-20, dando uma despedida digna a Nick Cummins - o internacional australiano efectou o último jogo em Perth depois de ter assinado um contracto com a equipa japonesa Coca Cola West Red Sparks, após a sua família ter sido fustigada com problemas de saúde graves. A equipa da casa não conseguiu, no entanto, o ponto bónus, que lhes teria permitido subir ao sexto lugar ocupado pelos Brumbies. O inevitável Cummins (9’), Ben McCalman (18’) e Nathan Charles (72’) marcaram os ensaios dos Force. Os Reds tiveram uma péssima prestação no primeiro tempo, mas mesmo assim ainda conseguiram obter dois ensaios por Samu Kerevi (36’) e Albert Anae (57’). Na última jornada os Force terão uma verdadeira final ao viajarem até Camberra onde vão defrontar os Brumbies.
O sonho dos Bulls termina na Cidade do Cabo
A esperança dos Bulls de atingirem um lugar entre os seis primeiros foram destruídas na Cidade do Cabo, num jogo marcado pela chuva e pelo terreno pesado, motivando um confronto pouco apelativo, com muitas perdas de bola. Os Stormers acabaram por merecer a vitória, por 16-0, resultado que já se registava ao intervalo. Os últimos 40 minutos seriam mesmo uns dos mais aborrecidos da prova até ao momento. Jaco Taute (13’) marcou o único ensaio da partida, com Kurt Coleman a arrecadar os restantes 11 pontos para a sua equipa. Os Bulls, que contaram com Handré Pollard a médio abertura, nunca foram capazes de conseguirem impor uma toada atacante, muito por culpa das condições climatéricas e da apatia da sua terceira-linha, o calcanhar de Aquiles dos Bulls na presente edição do Super Rugby.
Cheetahs surpreendem Sharks
Em Bloemfontein, os Cheetahs colocaram em causa as hipóteses dos Sharks conseguirem uma meia-final em Durban, derrotando os líderes da conferência sul-africana, por 27-20. Willie Le Roux esteve novamente em destaque, apesar de não ter conseguido obter um ensaio. Ensaios esses que foram marcados por Torsten van Jaarsveld (7’), Philip van der Walt (32’) e Lodewyk de Jager (48’). Os Sharks, por seu turno, optaram por fazer descansar jogadores-chave, colocando-os no banco como medida preventiva, tendo os seus ensaios sido obtidos por Jacobus Reinach (21’) e Bismark du Plessis (74’). Os Sharks obtiveram com esta derrota um ponto-bónus que os coloca em terceiro lugar, em igualdade pontual com os Crusaders.
Waratahs garantem meia-final
Os Waratahs garantiram o primeiro lugar na classificação geral do Super Rugby, após terem levado de vencido os Highlanders, no jogo mais esperado da jornada, que opunha o líder da conferência australiana e neozelandesa. Foi uma vitória confortável para os homens de Sydney, que conseguiram obter seis ensaios por Rob Horne (12’), Israel Folau (41’), Sekope Kepu (50’), Nick Phipps (63’), Jacques Potgieter (70’) e Taqele Naiyaravoro (77’). Os neozelandeses apenas conseguiram efectuar o toque de meta por Phil Burleigh (72’). Com esta vitória, os Waratahs podem relaxar nas próximas duas semanas e esperar pelo seu adversário nas meias-finais, enquanto que os Highlanders apenas dependem de si para obter um lugar nos “play-offs”.