Semedo critica nomeação de Vítor Bento

Bloquista afirma que nomeação no BES é mais um exemplo da "confusão entre a política e os negócios"

Foto
João Semedo diz que a sobretaxa de 3,5% é uma "violência fiscal" Daniel Rocha

 "O Governo não nacionalizou o BES, o Governo partidarizou o BES. O BES é hoje um banco verde por fora e laranja por dentro", afirmou João Semedo.<_o3a_p>

O dirigente e deputado considerou que esta escolha será equivalente a uma troca, dizendo que "o Governo e o Banco de Portugal trocaram, no BES, a família Espirito Santo pela família laranja do PSD".<_o3a_p>

Lembrando o exemplo do Banco Português de Negócios (BPN), o bloquista considerou que "a nova administração são pessoas da estrita confiança do Governo, do Presidente da República e da família PSD" e, portanto, acaba por ser uma repetição do que acha ser uma fonte de maus resultados, “a confusão entre política a finança e os negócios".<_o3a_p>

O coordenador do BE reprovou a repetição, "com esta insistência, do mesmo tipo de solução" para a banca, recordando aquilo que foi "a aventura de dirigentes e altos responsáveis do PSD quando administraram o BPN".<_o3a_p>

João Semedo referiu-se ainda ao último Conselho de Estado convocado por Cavaco Silva, esperançoso que "não tenha perdido um minuto sequer com as questões relativas com um banco privado".<_o3a_p>

Nesta acção marcou presença, a convite do BE, o professor e economista Ricardo Cabral que falou sobre a restruturação da dívida portuguesa, ele que foi um dos 70 assinantes do Manifesto para Reestruturar a Dívida Portuguesa.<_o3a_p>

O economista continua a acreditar que esse deveria ser o caminho seguido pelo país, adiantando que em breve irá apresentar, em Lisboa, no Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa, "em detalhe o modelo de como se poderia fazer essa reestruturação", escusando-se a adiantar grandes pormenores sobre o assunto.<_o3a_p>

O economista Vítor Bento já foi confirmado como a escolha dos principais acionistas do BES para assumir os destinos da instituição, substituindo o líder histórico, Ricardo Salgado.