Semana negra atira acções do BES para queda de 18%

Ministra das Finanças diz que o Banco Espírito Santo não põe em risco estabilidade financeira.

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Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças Rui Gaudêncio

Maria Luís Albuquerque, a falar na comissão de orçamento e finanças e a responder às perguntas dos deputados do PCP e do Bloco de Esquerda sobre o BES, garantiu que o Executivo “tudo tem feito no âmbito das suas competências para acompanhar a situação”, mas salientou que “não tem quaisquer informações que possam fazer pensar que a estabilidade financeira esteja em risco, apesar do ruído existente em torno do banco”.

A ministra fez ainda questão de assinalar que o BES “tem neste momento um rácio de capital robusto” e “realizou um aumento de capital recentemente que foi bem sucedido”. Além disso, defendeu que os produtos vendidos pelo BES nos balcões do banco “estão cobertos por garantias”. "O resto é competência do supervisor", disse.

Em relação ao que está a acontecer nas empresas não financeiras do grupo Espírito Santo, a ministra repetiu o argumento recentemente apresentado pelo primeiro-ministro, dizendo que o Governo acompanha a situação, mas não tem competências para actuar.

PCP e Bloco de Esquerda acusaram o Governo de não estar a actuar perante os problemas existentes no BES, comparando a situação que se vive neste banco à ocorrida no passado com o BPN.

Ontem, as acções do banco fecharam a valer 0,72 euros, um recuo de 18% face ao valor de fecho na sexta-feira passada e de 11,43% face ao dia anterior. Já os títulos da Espírito Santo Financial Group, que gere a participação da família no BES, recuaram esta sexta-feira 18,5% face ao dia anterior e perdem 33% face ao valor de fecho de há uma semana atrás.

Com José Manuel Rocha 

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