A palavra-chave do dia para o médio foi a preparação: “Temos que olhar para a frente, temos duas finais, dependemos de nós, e temos que pensar principalmente nesta final que temos contra os EUA, porque não vai ser uma batalha fácil, mas estamo-nos a preparar da melhor forma para podermos ganhar o jogo, porque é isso que queremos e desejamos para Portugal.”

Questionado na conferência de imprensa desta quinta-feira, em Campinas, sobre como a equipa iria superar a responsabilidade de ganhar aos EUA, Veloso referiu o facto de os jogadores da selecção estarem habituados a grandes competições. “Estamos confiantes de que podemos dar a volta porque é isso que queremos e desejamos e só unidos conseguiremos”, acrescentou.

O último jogo entre os EUA e Portugal, no Mundial de 2002, foi negativo para a selecção nacional (derrota por 3-2), mas Veloso sublinhou que “as finais são para ser ganhas, independentemente da história”. “Nós sabemos a importância que o jogo tem para nós, sabemos que não ganhando este jogo, as coisas acabam. Daí termos que nos focar e dar o nosso melhor e é isso que vamos fazer”, acrescentou.

Uma das questões preocupantes para o próximo jogo da selecção é o clima de Manaus, que pode ser muito quente e húmido, prejudicando o rendimento dos jogadores. No entanto, o médio não pensa desta forma: “Nós jogadores só temos que agradecer a todos as condições que nos foram dadas, sabemos sim as dificuldades que vamos ter em Manaus pelo clima, porque é bastante quente, mas não serve como desculpa. Temos que nos preparar da melhor forma enquanto equipa.”

Relativamente aos EUA, uma equipa “bastante forte”, Veloso sublinhou o facto de ser composta por jogadores “atléticos e rápidos na frente”, saindo “bem” no contra-ataque.

Já quando foi questionado sobre a arbitragem o médio não se alongou, embora tenha dado uma alfinetada: “O que é facto é que as coisas têm vindo a acontecer.”

Cristiano Ronaldo é uma peça fundamental para o “onze” da selecção e Miguel Veloso reconheceu que muitas vezes é ele “quem tem a bola, porque pode fazer a diferença”. Acrescentou ainda que as outras selecções têm medo quando o avançado tem a bola nos pés, sendo uma mais-valia para a equipa. Em relação aos rumores existentes sobre o possível abandono de Cristiano Ronaldo do Mundial, Veloso deixou claro que o avançado tem treinado: “Eu não sou médico, mas pelo que vejo, o Cristiano está bem, treina, salta, remata. Não há muito a dizer.”

Antes da conferência terminar, Veloso deixou uma mensagem de confiança: “O importante para nós é focarmo-nos na final contra os EUA, sabemos aquilo que temos que fazer, que é ganhar e é ‘bola para a frente’. Eu acredito nesta selecção, é óbvio. Acredito nestes jogadores”.

Portugal viaja hoje para Manaus, onde vai defrontar os Estados Unidos, no domingo. Texto editado por Jorge Miguel Matias