Governo anuncia 391 milhões de euros de investimentos empresariais
Sete empresas vão criar 406 postos de trabalho.
"Os sectores agro-florestal e agro-industrial não são passado, são futuro", disse o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, na conferência do anúncio dos novos contratos, no Palácio das Laranjeiras, em Lisboa. De acordo com os números divulgados pelo Governo, o conjunto de investimentos permitirá a criação de 406 empregos.
O maior investimento, a rondar 226 milhões de euros, mais de metade do total, será feito pela empresa Atlantikfuror, que se instalou em Sines no ano passado e oferece serviços de apoio à exploração de petróleo e gás natural. A criação de uma base de operações vai criar 150 postos de trabalho.
No anúncio, Paulo Portas sublinhou que a maioria das empresas opera no interior do país. A Luso Finsa, empresa de transformação de madeira, fará um investimento de 37,7 milhões de euros em Nelas, que vai dar origem a 35 novos postos de trabalho. A Almina, que explora minas em Aljustrel, investirá 45 milhões e criará 20 novos empregos. A madeireira Sonae Indústria investirá 6,9 milhões em Oliveira do Hospital, onde conta somar apenas dois trabalhadores aos actuais 581.
Por seu lado, a empresa indiana Aaditya Internacional vai começar a produzir álcool etílico em Tomar e Idanha-a-Nova, num plano que implica investir 31,9 milhões de euros e contratar 98 trabalhadores. Por fim, a AMS-Br Star Paper vai investir 39,2 milhões e contratar 71 pessoas em Vila Velha de Ródão, para expandir a actual unidade de produção de papel.Já no litoral, a Brieftime vai instalar uma fábrica de pizas congeladas em Samora Correia, um projecto de 4,2 milhões e que dará emprego a 30 pessoas.
Os contratos foram aprovados na quinta-feira em Conselho de Ministros e são os últimos ao abrigo do quadro de apoio comunitário que agora termina. A este respeito, Paulo Portas afirmou que “o Governo tomou providências para que não haja tempos de espera exagerados de um quadro comunitário para o quadro comunitário seguinte”, notando que esses hiatos são prejudiciais às empresas. “Um investidor tem o direito de um sim ou um não. O que não pode acontecer é ficar uma eternidade à espera de uma resposta”, argumentou o ministro.
O Governo – na cerimónia estiveram também os secretários de Estado Paulo Núncio e Pedro Gonçalves – aproveitou para sublinhar a captação de investimento ao longo dos três anos de legislatura, durante os quais foram contratualizados com empresas 1607 milhões de euros de investimento. Só a Autoeuropa anunciou este ano um investimento em torno dos 670 milhões.