Urgências diminuem, consultas e cirurgias de ambulatório aumentam
As cirurgias de ambulatório “realizam-se com a possibilidade de o doente ser operado e ter alta no mesmo dia". Já representam quase 60% das que são feitas.
Os números da monitorização da actividade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) referentes a Março deste ano, a que a agência Lusa teve acesso, mostram um crescimento de 4,7% nas intervenções cirúrgicas, mas graças a um aumento das cirurgias em ambulatório.
As cirurgias convencionais tiveram um decréscimo de 1,4% no primeiro trimestre do ano em comparação com o período homólogo do ano anterior. Pelo contrário, as operações em ambulatório cresceram 9,6% e representam já 57,8% das 147.104 cirurgias realizadas entre Janeiro e Março de 2014.
A Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS), que elabora o relatório de monitorização, lembra que as cirurgias de ambulatório “realizam-se com a possibilidade de o doente ser operado e ter alta no mesmo dia, melhorando a sua comodidade”.
Hospital com menos 19 mil urgências
As consultas nos hospitais do SNS também aumentaram — 5,4% no primeiro trimestre em comparação com o anterior período homólogo, tendo-se registado um acréscimo superior a 160 mil consultas.
As primeiras consultas nos hospitais continuam a ter um peso reduzido em relação às consultas subsequentes.
Nos centros de saúde, o número de consultas sofreu poucas alterações, com uma variação positiva de 0,9%, o que significou a realização de mais de 7,6 milhões nos três primeiros meses do ano.
“É desejável que ocorra transferência de cuidados nos hospitais para os cuidados de saúde primários, aumentando o acesso às primeiras consultas hospitalares e uma redução das consultas subsequentes”, refere o relatório da ACSS.
Quanto às urgências, registou-se um decréscimo quer nos hospitais quer nos centros de saúde.
Nos hospitais houve menos 18.955 atendimentos de urgência no primeiro trimestre deste ano, num total de 1,53 milhões de episódios. Em comparação com o período homólogo do ano anterior, a redução foi de 1,2%.
Nos Serviços de Atendimento Permanente (nos centros de saúde), a redução foi mais significativa, com menos 99 mil atendimentos, o que representa um decréscimo de 17,1%.