Explosão num prédio em Lisboa faz um ferido e 21 desalojados
No edifício, situado na Estrada de Chelas, morava uma idosa que sofreu queimaduras em metade do corpo.
O alerta foi dado às 17h11 e, de acordo com o segundo comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, Major Tiago Lopes, os meios de socorro chegaram ao local seis minutos depois. A idosa, com 90 anos, foi retirada do prédio de cinco andares e transportada ao hospital de S. José, com queimaduras de segundo grau em 50% do corpo.
A explosão destruiu por completo a cobertura e o último piso do prédio, onde morava a mulher. Segundo algumas testemunhas ouvidas pelo PÚBLICO, em tempos terá funcionado um lar de idosos naquele imóvel, mas actualmente a idosa vivia sozinha. “Só por descargo de consciência vamos utilizar os cães para fazermos a despistagem, mas não há indícios de que houvesse mais pessoas no prédio”, acrescentou o major Tiago Lopes. Depois de uma primeira avaliação, os técnicos municipais concluíram que o edifício ficou "sem condições de habitabilidade".
A explosão foi sentida a vários metros de distância, nos bairros vizinhos, mas apenas o edifício em localizado em frente ficou danificado e inabitável, com parte do telhado destruída e os vidros das janelas partidos. Segundo Manuel Ribeiro, director do Serviço de Protecção Civil da Câmara de Lisboa, terão de ser realojadas seis famílias, num total de 17 adultos e quatro crianças.
“Estamos a negociar com eles para ver se têm alternativa, recorrendo a familiares, ou se é preciso dar resposta institucional”, afirmou o responsável municipal. Manuel Ribeiro não soube dizer se o edifício onde ocorreu a explosão é propriedade da câmara de Lisboa.
Às 21h, algumas pessoas estavam ainda à espera para poderem entrar nas suas casas e retirar alguns objectos pessoais.
No momento da explosão, estavam em casa pelo menos dois adultos e duas crianças, que não ficaram feridos. "Ouvi um estrondo enorme e quando dei conta já tinha praticamente o telhado todo dentro de casa", contou Sílvio Carvalho, de 34 anos, que morava no prédio há quatro meses e estava em casa com as duas filhas menores. "Acabei de mobilar a casa há dias e já tenho tudo destruído", lamentou. A viatura que tinha estacionada na rua sofreu alguns danos, e outras duas ficaram completamente destruídas.
Às 19h30, os bombeiros estavam ainda a fazer a ventilação do edifício para depois efectuarem a limpeza da via para onde foram projectados parte da parede e da cobertura do prédio. A circulação na Estrada de Chelas estava ainda interrompida às 21h.
As causas da explosão estavam ainda, ao final da tarde, a ser investigadas pela Polícia Judiciária, mas os bombeiros admitem que a origem possa estar relacionada com uma fuga de gás.