Portugal longe da média internacional
O número é “muito pequeno”, defende Luísa Cerdeira, especialmente quando se coloca em comparação com a realidade internacional. Portugal está entre os países onde o peso dos empréstimos é residual, ao lado da França e da Bélgica, por exemplo.
O Reino Unido é o país onde os empréstimos representam uma maior fatia da forma de financiamento dos estudantes no ensino superior, chegando a cerca de dois terços dos inscritos. Um sistema de income-contingent loans como o britânico também existe em países como a Nova Zelândia ou a Austrália, bem como nos Estados Unidos. Os estudantes norte-americanos têm ao seu dispor diferentes modalidades de empréstimos, com o Estado como fiador ou contratados directamente à banca.
No Japão, a esmagadora maioria dos alunos do ensino superior também financia o curso com recurso a empréstimos. No topo desta lista nos relatórios anuais da OCDE surge também a Noruega, onde mais de metade dos estudantes inscritos recorrem aos bancos para ter dinheiro para cumprir a sua formação universitária. Na Holanda e Suécia, cerca de metade dos alunos recorre a empréstimos, mas no caso do país escandinavo há uma particularidade: o Estado cobra um imposto de graduação anual ao diplomado quando este começa a trabalhar como forma de devolver o investimento feito na sua formação.