Esperança de vida volta a aumentar
A esperança de vida à nascença para as mulheres é quase seis anos maior do que para os homens, de acordo com dados do INE.
Segundo as Tábuas de Mortalidade para 2011-2013 do Instituto Nacional de Estatística (INE), os valores definitivos da esperança de vida à nascença para aquele período foram de 76,91 anos para os homens e de 82,79 anos para as mulheres.
No triénio anterior, de 2008 a 2010, a esperança de vida era de 76,14 anos para os homens e de 82,05 anos para as mulheres.
De acordo com o INE, na última década, a esperança de vida à nascença aumentou cerca de três anos, mais 3,36 anos para os homens e 2,58 anos para as mulheres relativamente aos valores estimados para o período 2001-2003 (73,55 e 80,21 anos para homens e mulheres, respectivamente).
"As mulheres continuam a viver mais anos do que os homens, contudo a expectativa de vida de homens e de mulheres tem vindo a aproximar-se, com os maiores ganhos a registarem-se na população masculina", nota o instituto.
Relativamente à esperança de vida dos portugueses aos 65 anos, no período 2011 a 2013, situou-se nos 17,07 anos entre os homens e nos 20,40 entre as mulheres.
Os dados divulgados pelo INE há dois anos, para 2008 a 2010, apontavam para uma esperança de vida aos 65 anos de 16,64 para os homens e de 19,89 para as mulheres.
Segundo o instituto, nos últimos 10 anos a esperança de vida aos 65 anos aumentou 1,72 anos para os homens e 1,71 anos para as mulheres.
De acordo com a Pordata, a esperança de vida em Portugal é de 80,6 anos. A diferença justifica-se pela metodologia utilizada, sendo que os dados do INE dizem respeito a triénios e os valores da Pordata são anuais.
Segundo os dados da Pordata, a esperança de vida em Portugal é superior à média na União Europeia, cujo valor é de 80,3 anos. Os valores avançados pela base de dados revelam que Espanha e Itália (com 82,5 e 82,4 anos, respectivamente) são os países com maior esperança de vida à nascença. Por outro lado, os países do leste da Europa, Letónia e Lituânia (com 74,1 anos) são, entre os 27, os que apresentam menor esperança de vida à nascença.
A Tábua Completa de Mortalidade é um estudo estatístico que o INE realiza anualmente, abrangendo toda a população residente em Portugal, com base em informação proveniente de outras operações estatísticas da área da demografia desenvolvidas pelo instituto.
Este instrumento de análise estatística permite medir o fenómeno de mortalidade de uma população e deduzir a correspondente vida média, sendo a sua principal aplicação no domínio das projeções de população residente para determinar as probabilidades de sobrevivência e permitir extrapolar as tendências observadas.
O INE começou a divulgar as Tábuas de Mortalidade em 2007, tendo como referência o período de 2004-2006.