Tintim faz record mundial de 2,6 milhões em leilão

A venda deste sábado duplicou o valor do anterior record de 1,3 milhões também por uma prancha de Hergé

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Assinada por Hergé em 1937 a prancha levada à praça em Paris pela francesa Artcurial é uma página dupla feita a tinta-da-china que viria a dar origem a capas de álbuns publicados entre 1937 e 1958. Veio duplicar o valor do anterior record de 1,3 milhões que pertencia também a Tintin – pela venda, há exactamente dois anos, da prancha de 1932 que deu origem à capa de Tintin na América.

Com um preço base de licitação de 700 mil euros e uma expectativa máxima de venda de 900 mil, a prancha vendida este sábado mostra Tintin e o seu cão, Milou, em 34 situações diferentes, cada uma ligada a um momento forte de um álbum.

Tintin vestido de cowboy, de explorador, de armadura de cavaleiro, a cavalo, a caminhar no deserto, de avião, de carro, de piroga… Por entre essas imagens, uma aponta para uma história desconhecida: Tintin com um casaco de peles no meio de uma paisagem de neve – segundo especialistas em BD citados pelo diário francês Le Monde, não faz referência a qualquer história conhecida; apontará para a intenção não concretizada de Hérge de fazer Tintin viajar pelo Norte gelado…

“Tintin está prestes a entrar nos museus”, disse Eric Leroy, o responsável de BD da Artcurial, citado pelo Le Monde. Explicando que esta “não foi, de todo, uma compra especulativa”, Leroy precisou que “este desenho vai tomar lugar no seio de uma colecção de belas peça de arte contemporânea de pintura, escultura e objectos”.

No seu leilão a Artcurial inteiramente dedicado a Hergé, a Artcurial fez cinco milhões de euros com cerca de 500 lotes. 

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