Seara na corrida à Liga para "unir e credibilizar" o futebol

Jurista oficializou esta quarta-feira a candidatura à presidência da LPFP e defendeu a centralização dos direitos de transmissão televisiva

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Fernando Seara é o primeiro candidato assumido à Liga Fernando Veludo/NFactos (arquivo)

“Não imagino uma Liga governada longe dos clubes”, afirmou reiteradamente Fernando Seara, referindo-se nomeadamente à questão dos direitos televisivos das transmissões das partidas de futebol, um dos temas mais caros no mandato de Mário Figueiredo. O jurista defendeu a centralização, considerando que este é um modelo de sucesso em qualquer parte do mundo, mas prometeu discutir o tema com todos os sócios da Liga antes de assumir uma posição definitiva.

Já em relação à legalidade dos contratos firmados com a Olivedesportos, cuja validade é contestada pelo presidente em funções, Seara foi mais reservado. “Defendo a centralização dos direitos televisivos e defendendo essa centralização acompanharei todos os processos inerentes à capacidade que tenha a Liga de concretizar essa centralização”. E mais não disse, garantindo apenas que alguns dos elementos que apoiam a sua lista estão a acompanhar os processos judiciais que opõe a Liga à Olivedesportos, nomeadamente na Autoridade da Concorrência.

Com ou sem centralização dos direitos televisivos, Seara promete aumentar as receitas “para todos os clubes” que integram a LPFP durante o seu mandato, com especial preocupação com os sócios que disputam a II Liga. “Por meio de prémios, receitas publicitárias e televisivas”, o jurista garantiu distribuir “rendimento mínimo anual de 500 mil euros” aos participantes no escalão secundário.

A antecipação do horário dos jogos, “de modo a compatibilizá-lo com a vida das famílias”, promovendo a presença de espectadores nos recintos desportivos, foi outra das promessas deixadas por Seara, assim como a angariação de novos patrocinadores para as competições profissionais.

A negociação do actual “pacote fiscal” que incide sobre a indústria do futebol e diminuição dos custos de inscrição de atletas nas competições profissionais integram também o programa do autarca, que quer melhorar as relações que actualmente existem entre a Liga e a FPF: “Não há uma Federação forte sem uma Liga forte, mas também devemos reconhecer que sem uma Federação capaz e aberta a parcerias, a Liga terá sempre grandes dificuldades.”

Fernando Seara é o primeiro candidato oficial de uma eleição presidencial na Liga que promete ser concorrida, face às possíveis candidaturas de Carlos Marta, que perdeu a corrida para a presidência da FPF para Fernando Gomes em 2011, e de Rui Alves, presidente do Nacional. E o próprio Mário Figueiredo ainda não abandonou a hipótese de uma recandidatura.

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