Depois das inundações, Balcãs enfrentam risco de doenças e minas

As piores cheias em 120 anos na região já afectaram mais de 1,6 milhões de pessoas.

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Os desabamentos de terras deslocaram campos de minas inteiros Elvis Barakcic/AFP

Os peritos em desminagem estimam que existam mais de 120 minas espalhadas pela Bósnia, legado de uma guerra que acabou em 1995, matou 100 mil pessoas e deslocou mais de um milhão. O Centro de Acção de Minas (BHMAC) do país já pediu ajuda internacional para o envio de equipamento e monitorização de imagens satélite que permitam seguir o movimento das minas. “Houve vários relatos de minas que apareceram à superfície e os desabamentos moveram campos de minas inteiros e as marcas que os assinalavam”, disse à Reuters o chefe do BHMAC, Sasa Obradovic.

“Não podemos dizer exactamente o que aconteceu com os campos de minas”, disse à CNN o Presidente bósnio, Bakir Izetbegovic. “O sistema dos campos de minas estava sob controlo e os sinais de aviso agora desapareceram.”<_o3a_p>

Entre a Bósnia, a Sérvia e a Croácia, só as inundações afectaram mais de 1,6 milhões de pessoas e fizeram 50 mortos. Em Belgrado, a capital sérvia, quilómetros e quilómetros de diques foram erguidos com sacos de areia por milhares de voluntários. A maior ameaça é a subida das águas do rio Sava – já chegaram aos 6,3 metros, uma altura inédita –, que aqui desagua no Danúbio. <_o3a_p>

O presidente da câmara de Belgrado, que esta terça-feira inspeccionou os diques com 7,3 metros entretanto construídos, assegura que “a capital está pronta”. “Estamos a acompanhar a situação junto à entrada do Danúbio, na Sérvia. Se for precisamos, vamos intervir rapidamente.”<_o3a_p>

Com as tréguas dadas pela chuva, as autoridades também já iniciaram os trabalhos de limpeza e desinfecção das zonas afectadas. “É preciso lançar operações de limpeza para evitar as epidemias, temos de gerir toneladas e toneladas de cadáveres de animais”, descreveu o primeiro-ministro sérvio, Aleksandar Vucic. <_o3a_p>

As autoridades bósnias lançaram apelos semelhantes e pediram às pessoas para beberem apenas água mineral. Com as temperaturas a chegarem aos 22 graus, a decomposição dos animais vai ser acelerada. A Bósnia, que não tem unidades de incineração móveis disponíveis, já fez um pedido internacional de ajuda também para esta tarefa.
 

   

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